Esquenta a corrida para garantir fornecimento de motor na Formula 1

sexta-feira, 17 de maio de 2013 às 9:41

Motor Renault V6 turbo

A Fórmula 1 poderá ter mudanças dramáticas, enquanto a corrida para garantir acordos de fornecimento de motor para o futuro esquenta.

O retorno da Honda à categoria, a tentativa da Mercedes de encontrar outra cliente e o desejo da Renault de fornecer para menos equipes abriram caminho para várias mudanças nos próximos anos. Agora, há até mesmo o prospecto de uma renovação de algumas das parcerias icônicas do passado, com Lotus e Williams sendo fortes candidatas a assinar com a Honda.

Já se sabia há vários meses que a Honda se uniria à McLaren em 2015, com a confirmação desta semana ocorrendo apenas alguns dias depois que a organização baseada em Woking deixou passar uma opção que tinha com a Mercedes para aquela temporada.

Mas apesar de um contrato com a McLaren ser a meta da Honda há algum tempo, ela já está analisando com quais outras equipes poderia se envolver na primeira ou segunda temporada de seu retorno à Fórmula 1. O esforço para estar preparada é tão intenso que, em 2015, ela pode decidir se concentrar apenas na McLaren, mas definitivamente estará pronta para expandir seu programa em 2016.

Segundo o site Autosport, pelo menos uma equipe de ponta já conversou com a montadora japonesa, e acredita-se que Lotus e Williams são suas favoritas. Outras opções, como Sauber e Marussia, parecem improváveis, já que ambas provavelmente estão próximas de assinar acordos com a Ferrari.

Enquanto o prospecto de Williams ou Lotus se juntarem à Honda em seu novo esforço é atrativo, garantir um contrato de fornecimento de motor para 2015 ou 2016 significaria que elas precisariam de acordos de curto prazo de um ou dois anos.

Anteriormente, as fabricantes atuais da Fórmula 1 deixaram claro que preferem contratos de longo prazo – de pelo menos cinco anos – o que não tornará nada fácil conseguir algo bem mais curto. Contudo, de acordo com o Autosport, os planos da Renault, atual fornecedora da Lotus e Williams, mudaram, com a companhia agora determinada a reduzir seu número de parceiras.

Antes de o retorno da Honda à Fórmula 1 se tornar uma realidade, havia a possibilidade de a Renault equipar até seis equipes no grid, com Ferrari e Mercedes dispostas a limitar seu fornecimento para apenas três.

Entretanto, a chegada de uma quarta fabricante e uma mudança de estratégia do novo gerenciamento significam que a companhia francesa quer reduzir seu envolvimento de longo prazo para apenas três equipes. Atualmente, ela não tem contratos formais assinados para o próximo ano, mas está negociando com Red Bull, Lotus, Williams, Caterham e Toro Rosso.

Jean-Michel Jalinier, presidente da Renault Sport F1, declarou ao Autosport: “Sabe-se no paddock que estamos negociando com cinco equipes, mas não sei ao certo se vamos assinar com cinco. Ficaríamos satisfeitos com três, assim podemos gerenciar bem os negócios”.

“Porém, haverá apenas três fornecedoras em 2014, então não é possível que todas tenham apenas três equipes. Então, provavelmente precisamos aceitar mais. Meu palpite é que será entre três e cinco. Não menos do que três, porque isso não faz sentido, mas cinco, eu não sei…”

Contratos de longo prazo com Red Bull, Toro Rosso e Caterham parecem ser uma formalidade, mas as ambições de longo prazo da Renault podem fazer com que ela seja mais receptiva a acordos de curta duração com Williams ou Lotus se elas estiverem buscando a opção da Honda.

No entanto, a escolha do motor para essas duas não está limitada apenas a Renault ou Honda. A Mercedes é outra alternativa, com a montadora alemã se esforçando para encontrar uma parceira extra.

Fontes de alto nível na Mercedes confirmaram que ela quer fornecer para uma quarta competidora no próximo ano, além de sua equipe de fábrica, McLaren e Force India. Suas principais metas também são Williams e Lotus, apesar de ela preferir um contrato de pelo menos cinco anos.

Tal acordo descartaria uma mudança inicial para a Honda, mas um dos principais benefícios de romper com a Renault seria financeiro, já que o pacote da Mercedes custa menos do que os 20-23 milhões de euros por ano que a companhia francesa está propondo no momento.

Portanto, parece haver três opções para Williams e Lotus: um compromisso de longo prazo com a Renault; um acordo de curta duração com a Mercedes; ou optar pela Honda e assinar um contrato de curto prazo com suas parceiras atuais.

Jalinier acredita que tudo ficará muito mais claro nas próximas semanas. “Nós esperamos que, até Mônaco, com mais duas semanas de trabalho, possamos ter alguma coisa pronta – ou pelo menos uma visão melhor de qual será a situação”, disse ele.

 

LS - www.autoracing.com.br

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