Equipes da Formula 1 renovam esforços para reduzir custos

terça-feira, 29 de maio de 2012 às 11:55

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As equipes da Fórmula 1 se reuniram com a FIA e Bernie Ecclestone na segunda-feira em Mônaco visando iniciar uma nova tentativa de reduzir os custos da categoria.

Após o diálogo entre as equipes e a FIA sobre a possibilidade de a federação se envolver mais no controle orçamentário, o presidente da FIA, Jean Todt, marcou uma reunião no clube Sporting d’Hiver para dar sequência ao debate.

Entende-se que vários tópicos foram discutidos, incluindo o policiamento do Acordo de Restrição de Recursos por parte da FIA, mudanças no formato de testes da Fórmula 1, as regras dos motores de 2014 e novos regulamentos mais baratos.

Os membros das equipes acreditam que as discussões foram positivas, e esperam que os acordos fechados na reunião possam passar pelos canais apropriados a fim de serem trazidos para o regulamento.

O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, declarou: “A reunião teve como objetivo ver se podemos encontrar juntos algumas medidas que reduzam os custos na Fórmula 1. Tentamos chegar a um consenso sobre muitas coisas que foram propostas e discutidas com a FIA nas últimas semanas, ver qual é o status das equipes e da FIA, entender se as coisas estão claras para todos e avaliar se podemos tentar economizar dinheiro para o futuro da Fórmula 1”.

O chefe de competição da Mercedes-Benz, Norbert Haug, disse ao site Autosport: “Acho vital que a Fórmula 1 em geral equilibre as coisas, até mesmo agora. Não é segredo que, com os novos acordos comerciais, as equipes de ponta levam vantagem, e o que queremos ter na categoria são equipes competitivas no pelotão intermediário que possam surpreender”.

“É uma situação ideal agora – não para nós, pois eu poderia conviver com o domínio – mas, no final das contas, fica muito claro que, depois de um tempo, você não tem mais o número correto de espectadores se domina tudo”.

Apesar da preocupação de algumas equipes com um dramático aumento de custo dos motores para 2014, as fabricantes não querem adiar a introdução das regras do V6, pois isso não diminuiria os custos para elas.

Haug explicou: “É só uma questão de dinheiro. Nós temos um programa paralelo e dois programas de motores, e você precisa acabar com um deles. Não pode bancá-lo o tempo todo, e um fator é claro: depois do que começamos agora, fazê-lo mais tarde custa mais dinheiro. Ferrari, Renault e nós, além de PURE, gastaremos mais dinheiro se tivermos de desenvolver por mais tempo”.

Entretanto, o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, acha que é vital que as equipes não enfrentem um aumento dramático de custos dos motores para 2014. “Até onde eu sei, ninguém divulgou os custos, mas suspeito que a maioria do grid não poderia pagar 20 ou 25 milhões. Portanto, acredito que teremos de trabalhar duro com a FIA e as fabricantes”.

“Precisamos respeitar o fato de que as fabricantes estão gastando muito dinheiro no desenvolvimento desses novos pacotes. Mas é algo que muitas equipes não pediram, e não será possível gastar essa quantia com o motor. A FIA e as equipes tem de conversar a fim de assegurar que a transição do regulamento atual para o novo seja suave e tenhamos uma oportunidade de negócio sustentável posteriormente”.

LS – www.autoracing.com.br 

 

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