Equipes da Formula 1 querem definição sobre a asa traseira da Mercedes

segunda-feira, 19 de março de 2012 às 12:44

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Lotus e Red Bull estão dispostas a ter uma palavra final sobre a legalidade do duto-F ativado pelo DRS antes do GP da Malásia deste fim de semana, em meio à polêmica atual a respeito do design da Mercedes.

Ambas as equipes se reuniram com Charlie Whiting, da FIA, durante o fim de semana do GP da Austrália para expressar sua crença de que o conceito usado pela Mercedes viola o regulamento que impede dispositivos aerodinâmicos acionados pelo piloto.

O design da Mercedes possui um orifício nas laterais internas da asa traseira, que é coberto quando o DRS não está em uso e aberto quando a asa do DRS se levanta. Entende-se que esse orifício canaliza o ar desde a asa dianteira – onde escapa por aberturas na parte inferior para ajudar a neutralizá-la visando aumentar a velocidade nas retas.

Tanto Lotus quanto Red Bull consideraram a possibilidade de um protesto contra a Mercedes na Austrália, mas decidiram não fazê-lo porque preferiram tentar resolver o assunto atrás de portas fechadas. O chefe da Lotus, Eric Boullier, afirmou que os próximos dias serão a chave para tentar resolver o caso de modo amigável.

“Ainda estamos conversando com Charlie”, declarou ele ao site Autosport. “É claro que não fizemos nada aqui (na Austrália), mas queremos ter um entendimento claro. Teria sido errado estragar o resultado da corrida, para ser honesto, então o plano é esperar pela próxima semana. Vamos ver o que acontece”.

Christian Horner, chefe da Red Bull, acrescentou: “Creio que há interpretações diferentes em relação à asa traseira da Mercedes. Tivemos algumas discussões com Charlie e decidimos não protestar neste fim de semana”.

“Outras equipes estavam ainda mais incomodadas do que nós, mas acho que é algo que precisamos esclarecer, porque poderia se argumentar que é um dispositivo afetado pelo piloto. O piloto aperta o botão e abre o orifício – portanto, é ativado pelo piloto, o que não estaria de acordo com o regulamento. Creio que haverá muito debate sobre isso nos próximos cinco dias”.

Horner disse que, se a FIA continuar convencida de que o sistema é legal, isso obrigará as outras equipes a gastar dinheiro com o desenvolvimento visando introduzir suas próprias versões.

“É um sistema inteligente e parabéns a eles pela invenção, mas o mais importante para nós é saber se é legal. O mais frustrante com todos esses sistemas é que, sem dúvida, eles serão banidos para o próximo ano, mas, enquanto isso, todos nós teremos de investir na idéia”.

“Inevitavelmente, haveria um custo considerável envolvido. Seria um desenvolvimento que as equipes de ponta iriam visar, mas pode ser algo caro demais para as equipes menores”.

LS – www.autoracing.com.br 

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