Equipes da Formula 1 apóiam limite orçamentário

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A Fórmula 1 deveria voltar a considerar seriamente a imposição de um limite orçamentário como meio de reduzir os custos, de acordo com várias equipes.

A CEO da Sauber, Monisha Kaltenborn, afirmou que sua equipe sempre foi favorável à restrição orçamentária, apesar de estar ciente de que ela precisa ser introduzida no nível correto.

“Já há algum tempo, estamos propondo um limite orçamentário, e ainda estamos convencidos, porque permitirá que todos usem seus pontos fortes”, declarou ela ao site Autosport. “As condições seriam igualadas e todos poderiam seguir o caminho que quisessem, o que creio que tornaria a categoria muito empolgante”.

“Contudo, não deveríamos começar em um nível além do que as pessoas estão fazendo no momento. Os fãs querem ver competição entre as equipes, e quais decisões estratégicas você toma na área do desenvolvimento, assim como na pista”.

O chefe da Mercedes, Ross Brawn, avalia que limitar os gastos seria melhor do que tentar restringir o regulamento técnico.

“Acredito que aprovamos qualquer restrição justa e adequada dos recursos”, disse ele. “Não há atração em gastar mais do que você precisa para ter uma Fórmula 1 bem sucedida e competitiva. A maioria das equipes do grid talvez não esteja operando nesses limites, mas há cinco ou seis equipes que operam nos limites superiores”.

“Não consigo imaginar que alguma delas não iria querer uma redução nos custos para ser competitivo na Fórmula 1, desde que seja aplicado de maneira justa, e não com alguma tendência não intencional em relação a um carro sobre o outro. Apoiamos firmemente o RRA – porque achamos que aplicá-lo é algo bastante simples. Neste ano é X, no próximo é X menos 20 por cento e no seguinte é X menos 40 por cento, portanto é algo muito fácil de fazer”.

“Nós nunca demonstramos, em todos os meus anos na Fórmula 1, que existe um modo bem sucedido de reduzir os custos a longo prazo por meio de mudanças no regulamento técnico, com exceção da restrição dos motores e caixas de câmbio, o que teve bastante sucesso”.

“Se você limitar todas essas coisas, corremos o risco de estragar a categoria, e eu certamente defenderia uma restrição de recursos. Você não pode gastar mais do que isso; não pode ter mais pessoas do que isso e precisa fazer o melhor trabalho possível com o que tem. Assim, as inovações técnicas e o espírito da Fórmula 1 ainda são permitidos. Para mim, definitivamente é o caminho a ser seguido”.

O chefe da Lotus, Eric Boullier, acredita que um limite orçamentário é uma das três opções que a Fórmula 1 poderia adotar para controlar os custos.

“Há três modos: limite orçamentário, talvez regulamentos técnico e esportivo mais conservadores, porque tenho certeza que podem ser feitas mudanças no esportivo para economizar dinheiro, e o RRA. Mas o que acontecer terá de ser adequado para todas as equipes. Não há apenas uma maneira: há três possibilidades de garantir que possamos controlar os custos na Fórmula 1”.