Equipes da Formula 1 afirmam que a mídia politizou o GP do Bahrain

terça-feira, 24 de abril de 2012 às 12:13

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Os chefes de equipe da Fórmula 1 criticaram o modo como a categoria foi transformada em um campo de batalha devido ao GP do Bahrain, após a tempestade de mídia que cercou o evento.

O chefe da Lotus, Eric Boullier, declarou ao site Autosport: “Eu não deveria dizer isso, mas, para mim, a mídia não fez o que deveria ter feito. Há vários problemas que o país deve resolver. Mas isso ocorre em todos os países, até mesmo na Inglaterra, França e outras nações européias, e a dramatização excessiva definitivamente foi errada”.

“A Fórmula 1 é um esporte e deveria ser vista dessa maneira. Nós também sabemos que é muito importante para o Bahrain ter o evento, é o maior evento do ano para eles, e a Fórmula 1 não deveria ser utilizada como uma ferramenta política”.

Ao ser questionado se a cobertura negativa poderia afastar potenciais patrocinadores, Boullier disse: “A escolha é deles, mas política com esporte nunca é uma boa mistura. Temos o suficiente dentro do nosso paddock. Não precisamos trazer o que está acontecendo fora, e foi isso que a mídia fez, trazendo a política externa para dentro do paddock, o que não é bom”.

O chefe da Red Bull, Christian Horner, afirmou que sua equipe não desperdiçou muito tempo se preocupando com os relatos a respeito do evento. Mas ele sente que a Fórmula 1 não deveria ser forçada a entrar na arena política.

“É difícil, porque você vê muito entusiasmo pela Fórmula 1 nas cidades e áreas do país. Não é correto que a categoria seja envolvida em um debate político. E é claro que, realizando ou não a corrida, a decisão é sempre considerada política. Portanto, nosso foco era vir para cá e fazer um trabalho, e estou eufórico por dizer que conseguimos”.

O vice-diretor da Force India, Bob Fernley, cuja equipe teve de abandonar o segundo treino livre por causa de preocupações com a segurança de seus membros durante viagens noturnas, disse que o fim de semana teve aspectos positivos.

“Provavelmente, estou bastante surpreso com tudo, porque creio que, indepedente das críticas e de alguns dos problemas que tivemos, isso coloca Bernie (Ecclestone) e Jean (Todt) em uma posição visionária. Para as autoridades do Bahrain – elas se expuseram à mídia mundial. Se isso não é transparência, o que é?”

“Houve problemas, e várias coisas que podemos melhorar no próximo ano do ponto de vista da Fórmula 1, mas a categoria não deve se arrepender. Deve ficar orgulhosa do que fez, porque a solução para os políticos do Bahrain agora está lá. Eles precisam dialogar longe da Fórmula 1 – e o fato de termos tido coragem suficiente para correr lá, e de a liderança ter sido forte o suficiente, é bom para eles”.

LS – www.autoracing.com.br 

 

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