Engenheiro de Verstappen elogia atuação de Hamilton em Spa

Hamilton e Verstappen após GP da Bélgica

Hamilton surpreende em Spa com recuperação notável

Lewis Hamilton contrariou as previsões no GP da Bélgica ao manter viva sua sequência de pontos. Mesmo largando apenas em penúltimo lugar, o piloto da Ferrari finalizou a corrida em sétimo. O resultado reforçou sua consistência ao longo da temporada, sendo um dos poucos a pontuar em todas as etapas até agora.

Enquanto isso, Charles Leclerc, seu companheiro de equipe, terminou a Sprint em quarto lugar e garantiu mais um pódio no domingo. Ao somar 20 pontos no fim de semana, o monegasco manteve a Ferrari em boa forma na briga entre construtores.

A performance de Hamilton, no entanto, ganhou destaque especial. Ele foi eliminado ainda no Q1, após violar os limites de pista na curva Eau Rouge durante a classificação de sábado. Ainda assim, aproveitou as condições variáveis da pista para recuperar 11 posições.

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Estratégia ousada de Hamilton chama atenção na Fórmula 1

A prova começou com atraso por conta da pista molhada, mas secou rapidamente em cerca de 10 voltas. Nesse cenário, Hamilton foi o primeiro piloto a trocar os pneus intermediários por slicks. Esse movimento estratégico antecipado permitiu que ele ganhasse várias posições no grid e assumisse o sétimo lugar de forma definitiva.

A manobra corajosa não passou despercebida. Simon Rennie, engenheiro substituto de Max Verstappen, elogiou a leitura de corrida do heptacampeão. Na mensagem final ao piloto da Red Bull, Rennie destacou a importância da parada antecipada de Hamilton:

“Hamilton resolveu parar uma volta antes de todos para colocar pneus de seco e conseguiu uma grande vitória com isso.”

A referência direta ao britânico foi um reconhecimento raro vindo da equipe rival, especialmente em um fim de semana onde Verstappen não foi além da quarta colocação, após vencer a Sprint.

Verstappen lamenta estratégia conservadora e elogia rival

Max Verstappen não subiu ao pódio pelo terceiro GP consecutivo. Mesmo partindo da quarta posição, o holandês não conseguiu avançar no pelotão durante a corrida principal. Após a bandeirada, ele demonstrou frustração com o andamento da prova e com a escolha de estratégia da equipe.

Com a McLaren dominando o ritmo nas últimas etapas, Verstappen praticamente admitiu que o campeonato está fora de alcance. Por isso, muitos analistas argumentam que a Red Bull deveria adotar estratégias mais agressivas, como fez Hamilton em Spa.

A Ferrari, por sua vez, tem sido alvo de críticas por suas decisões táticas. Porém, ao comparar o desempenho de Leclerc com a largada de Hamilton, fica claro que o piloto britânico extraiu o máximo possível de sua posição inicial.

Mekies aponta dificuldades em ultrapassar no circuito belga

Durante a corrida, Verstappen ficou preso atrás de Leclerc por várias voltas. Esse trecho coincidiu com o momento em que Hamilton avançava pelo pelotão, aproveitando um ritmo superior e a janela ideal para trocar pneus.

Laurent Mekies, chefe da Red Bull, descreveu a situação como “quase impossível” para ultrapassar em Spa, devido às características do traçado. Hamilton enfrentou o mesmo problema após seu pit stop, ficando preso atrás da Williams de Alex Albon, que se mostrou imbatível nas retas.

Apesar disso, ambos os pilotos – Hamilton e Verstappen – manifestaram insatisfação com o longo atraso na largada. Eles alegaram que a corrida poderia ter começado pelo menos 30 minutos antes, já que a pista apresentava boas condições. No entanto, a direção de prova preferiu seguir o protocolo, alegando que a visibilidade ainda era uma preocupação relevante.