Ecclestone questiona ida de Hamilton para a Ferrari

Lewis Hamilton

Bernie Ecclestone, ex-chefe executivo da Fórmula 1, questionou a mudança de Lewis Hamilton para a Ferrari na próxima temporada.

Hamilton surpreendeu o esporte há três meses, quando foi anunciado que encerraria uma passagem de 13 temporadas na Mercedes, onde venceu seis de seus campeonatos.

Ecclestone disse que a decisão de Hamilton foi um choque, com o britânico agora pronto para continuar correndo depois dos 40 anos na Ferrari.

Ao ser questionado em uma entrevista ao racingnews365.com sobre a ida de Hamilton para a Ferrari, Ecclestone inicialmente comentou seu relacionamento com Toto Wolff, chefe da Mercedes.

“Foi um movimento muito estranho de se fazer”, disse Ecclestone. “Toto confiava bem mais nele e eles se tornaram próximos por motivos egoístas – os dois”.

“Acho que nunca houve um tipo de relacionamento em que você pudesse confiar em ambas as partes. Obviamente não houve porque foi por isso que ele (Hamilton) decidiu sair de repente”.

Quanto a ter se surpreendido ao ouvir a notícia, Ecclestone disse: “Grande surpresa, já que não entendi por que ele fez isso, basicamente dado o aviso prévio de um ano. Por que não esperou até mais tarde durante a temporada?”

“As pessoas pensaram que tinham feito um negócio inteligente ao contratá-lo, mas acho que é uma questão de ego que ele (Hamilton) tenha se envolvido em tudo isso”.

“Fred (Vasseur, chefe da equipe) o conhecia desde os primeiros dias, e acho que do ponto de vista de John Elkann (presidente da Ferrari), foi uma questão de ego ele contratar um dos principais pilotos da F1 – o melhor piloto, na opinião de muitos”.

“Essas coisas acontecem. Apenas um conjunto de circunstâncias que se juntam”.

Entretanto, Ecclestone afirmou que não teria contratado alguém como Hamilton quando comandou a Brabham por 16 anos durante as décadas de 1970 e 1980.

Explicando o motivo, ele disse: “Complicado demais – uma complicação desnecessária. Ele realmente comanda um pouco na Mercedes. Toto o deixou ser assim para mantê-lo a bordo e feliz”.

“Mas eu nunca tive isso com os pilotos. Eles ainda são ótimos amigos meus, amigos genuínos, não por questões financeiras ou qualquer outra coisa”.

“Prefiro ter esse tipo de relacionamento do que pular quando alguém diz para pular, ou defender uma situação. Se eu queria fazer algo, fazia se achava que era a coisa certa”.