Dupla brasileira é obrigada a abandonar o Rally Dakar

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013 às 16:17
Kleber Cincea e Marcos Baumgar

Kleber Cincea e Marcos Baumgar

Com pouco mais de um terço do percurso do Dakar completo, o maior rali do mundo chegou ao fim para o piloto Marcos Baumgart e o navegador Kleber Cincea. A dupla da Equipe Brasil de Rally, que estreava na competição, se viu obrigada a abandonar a prova no quinto dia depois de um acidente em um trecho arenoso, entre Arequipa, no Peru, e Arica, no Chile. Ninguém se feriu.

A batida aconteceu em um local onde havia muito “fesh-fesh”, que é uma areia extremamente fina e cuja poeira levantada pela passagem dos veículos demora para se dissipar e reduz a visibilidade praticamente a zero. O carro chegou a capotar; a dupla brasileira conseguiu desvirá-lo e tentaram prosseguir, sem sucesso.

“Era um lugar onde praticamente não dava para enxergar nada, e eu só ‘enxergava’ pelas instruções do Kleber. De repente, acertamos alguma coisa e então capotamos. Desviramos o carro e tentamos continuar, mas o carro ficou impossível de guiar. Por isso, tivemos que acionar a nossa equipe de apoio externo, o que o regulamento não permite, mas era a nossa única alternativa, já que não tínhamos como chegar ao parque de apoio. Com isso, não pudemos seguir adiante”, explicou Marcos.

O abandono acontece quando a dupla vinha em seu melhor momento na prova. No dia anterior, Marcos e Kleber completaram a difícil quarta etapa na 25ª colocação, que os fizeram ganhar 16 posições no acumulado geral entre os carros (de 53º para 37º). Este era, segundo piloto e navegador, o momento no qual eles iniciariam o ‘ataque’ na busca de mais colocações com o objetivo de se posicionar como melhor dupla estreante da prova.

“É uma pena e uma frustração muito grande, abandonar o rali a esta altura. Nem passava pela minha cabeça não terminar este rali. Infelizmente, estas coisas acontecem e todos estão sujeitos – afinal, é o maior e mais temido rali do mundo -, então temos que ver por outro lado e agradecermos por não termos sofrido nenhuma consequência física mais grave. No final das contas, pudemos ter um gostinho de como é, e assim poderemos voltar mais fortes no futuro”, lamentou o piloto.

Kleber também lamentou o abandono precoce. “Isso acontece, não adianta ficar remoendo. Temos que olhar para a frente. Aprendemos demais aqui nestes cinco dias de competição. Um estilo de prova, de pilotagem, de navegação, muito diferente do que estávamos acostumados. Então, esta experiência foi muito valiosa no sentido de nos fortalecer como dupla, como equipe”, encerrou.

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