Domínio de Verstappen é “o maior risco para a F1”

sexta-feira, 10 de novembro de 2023 às 9:43

Max Verstappen

Max Verstappen admite que pode estar na disputa para igualar os feitos dos pilotos mais bem sucedidos na história da Fórmula 1.

O holandês vem sendo absolutamente dominante nesta temporada, na qual conquistou seu terceiro título consecutivo de pilotos.

“O fato de até mesmo os fãs mais ardorosos de Max Verstappen estarem demonstrando saturação é um sinal para o futuro”, declarou o jornal holandês De Limburger nesta semana.

E a maioria dos especialistas espera que a Red Bull continue liderando o pelotão em 2024. Paolo Filisetti, do Gazzetta dello Sport, escreveu: “A equipe técnica encontrou áreas para melhorar”.

“O RB20 verá uma grande revolução aerodinâmica. Até mesmo rajadas de vento deixariam de criar problemas, como aconteceu no GP de São Paulo”.

Publicamente, os dirigentes da F1 – incluindo Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, e Stefano Domenicali, CEO da categoria – insistem que os fãs são privilegiados por estarem testemunhando uma verdadeira lenda em ação.

Porém, um analista de pesquisas da Rosenblatt Securities, Barton Crocket, acredita que a F1 precisa se preocupar com Verstappen.

“Por melhor que Verstappen seja, no momento ele parece ser o maior risco para o negócio”, disse ele à revista Time.

O tricampeão mundial insiste que não é tedioso do seu ponto de vista ter quebrado até mesmo o recorde de Alberto Ascari de 75% de vitórias nesta temporada.

“A NBA sobreviveu quando o Chicago Bulls estava dominando”, afirmou ele.

“Na época ou até mesmo depois, as pessoas diziam ‘aquilo foi incrível’. Se você é um verdadeiro fã do esporte, deveria conseguir apreciar uma equipe se saindo muito bem”.

Entretanto, a F1 vem crescendo rapidamente nos últimos anos desde que a Liberty Media comprou os direitos comerciais em 2017 – atraindo novos fãs graças a iniciativas como a série Drive to Survive, da Netflix.

Verstappen não se preocupa com o impacto seu domínio pode ter, mas ele está ciente que a F1 precisa encontrar um equilíbrio entre esporte e espetáculo.

“Eu só manteria em mente que o esporte vem em primeiro lugar, e não o espetáculo. Isso é bastante importante para mim e eventualmente também decidirá se fico ou não”.

Seu contrato com a Red Bull vai até 2028, significando que poderá inclusive ofuscar o recorde de sete títulos de Lewis Hamilton e Michael Schumacher.

“Se eu gostaria de ganhar sete? Sim, por que não? Mas mesmo se isso não acontecer, sei que ainda há muito mais coisas na vida do que a F1. Já estou bem feliz com o que alcancei”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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