Domenicali avalia mudanças e mais corridas Sprint na F1

Sprint na Bélgica

Domenicali discute mudanças no formato sprint

Mais corridas Sprint na F1 – e grids invertidos – é o que o CEO da Liberty Media, Stefano Domenicali, quer conversar com equipes, pilotos e a FIA sobre possíveis mudanças na F1. As propostas incluem aumentar o número de eventos e estudar a implementação de grids invertidos.

Segundo Domenicali, essas ideias visam injetar mais entusiasmo no campeonato e devem gerar discussões intensas entre os principais atores da categoria. A Sprint, introduzida como novidade nos fins de semana de GP, divide opiniões, mas já está consolidada no calendário com seis etapas nesta temporada — quatro delas já realizadas.

Mais eventos e grids invertidos em pauta

Em entrevista ao podcast The Race, Domenicali revelou que quer ampliar o debate:

“Podemos aplicar calendários com mais corridas Sprint? E essa é a fórmula certa para termos a possibilidade de ter um grid invertido, como estamos fazendo com sucesso na F2 e na F3?”

Ele destaca que a ideia está amadurecendo e que há disposição para discutir novos formatos. Para o dirigente, o objetivo é explorar possibilidades sem se prender ao passado:

“As vibrações para progredir nessa direção estão definitivamente crescendo. Estou pronto para apresentar e discutir não apenas mais Sprints… mas também novos formatos e ideias.”

Quero ser VIP

Ouvindo fãs e testando limites

Domenicali reforça que qualquer evolução precisa ter o público como prioridade, ainda que implique riscos:

“Estamos abertos a isso porque é a coisa certa – ouvir nossos fãs, tentar criar algo e não ter medo de cometer erros. Quem acredita que não pode cometer erros não faz nada novo, só repete o passado.”

Ele descarta eliminar completamente o formato Sprint:

“Acredito que a Sprint, seja qual for o formato certo, precisamos tê-la. Ela representará o futuro.”

Ao ser questionado sobre igualar o calendário ao modelo da MotoGP, que realiza Sprint em todas as etapas, Domenicali prevê crescimento gradual:

“Não estou dizendo não, mas acho que, entre seis e 24 etapas, temos que dar passos em direção à metade.”

Debate no Brasil e sugestão do Autoracing

No Brasil, a Sprint ainda divide opiniões. Inicialmente, a rejeição era maior, mas hoje há um equilíbrio entre fãs que apoiam e os que rejeitam a ideia.

O site Autoracing já enviou à FIA uma proposta para aumentar a relevância do formato. A sugestão é distribuir mais pontos: 16 para o vencedor, 12 para o segundo colocado e, depois, seguir a escala até 1 ponto para o oitavo. Além disso, a distância passaria dos atuais 100 km para 130 km, deixando a decisão de trocar ou não os pneus nas mãos de pilotos e equipes.

Com isso, haveria mais variação estratégica e maior disposição para riscos, criando corridas Sprint mais disputadas e imprevisíveis.