Dirigentes querem solução para limites de pista

Frederic Vasseur

A questão dos “limites de pista” está mais uma vez manchando a ação da Fórmula 1. Os chefes das equipes esperavam que o fenômeno das supressões de voltas devido a violações dos limites da pista, visto muito na Áustria no meio deste ano, fosse resolvido com novas restrições no Catar.

Mas vários pilotos perderam suas voltas rápidas na classificação de sexta-feira, incluindo as duas McLarens, que ficaram nos primeiros lugares. Oscar Piastri soube embaraçosamente de seu rebaixamento de P3 para P6 durante a entrevista oficial pós-sessão.

“Nosso esporte simplesmente não está indo tão bem”, disse o chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, depois. “Não é uma boa aparência, mas agora estou preocupado com a corrida. Há rajadas de vento que tornam difícil para os pilotos administrarem esses cinco centímetros críticos”.

“Mas o importante mesmo é ter a informação em tempo real. Sei que é complexo para os diretores de corrida, mas espero que não seja como na Áustria”, acrescentou.

Helmut Marko, da Red Bull, concorda: “Tem que haver uma solução melhor. Temos que fazer algo em relação a esses limites da pista. O resultado muda a cada poucos minutos. Finalmente deve haver uma solução”.

Como a situação na Áustria ocorreu no próprio circuito da Red Bull, Marko disse que sua ideia – saliências de borracha na beira da pista em vez de linhas brancas – foi rejeitada. “Agora vamos pensar em lajes de concreto com brita”, acrescentou.

“Mas o que fazemos sobre isso agora? Se amanhã for assim só teremos os resultados na segunda de manhã”, concluiu o dirigente da Red Bull.