Dakar: Primeiro, Primeiro e Primeiro. De Novo.

domingo, 16 de janeiro de 2011 às 16:02

dakar2011-mcoma-350É um aproveitamento de 100%: desde que o Dakar trocou a África pela América do Sul em 2009, ninguém alem de pilotos Red Bull subiram ao degrau mais alto do pódio nas três principais categorias do rali.

Nesse sábado (15/1) na pequena Baradero na Argentina, palco da chegada da 13ª e última especial, esse histórico perfeito foi mantido por Nasser Al-Attiyah, Marc Coma e Vladimir Chagin.

Talvez o mais feliz dos três fosse Al-Attiyah. Em 2011, o catari finalmente casou constância com sua indiscutível velocidade e chegou à primeira vitória na carreira entre os Carros a bordo do Touareg da equipe Red Bull Volkswagen.

“Vencer o Dakar foi meu sonho durante muito tempo, e agora finalmente ele se tornou realidade”, sorriu o piloto de 40 anos, que assumiu a liderança na nona especial, depois que o companheiro e rival Carlos Sainz atolou na areia fofa por duas vezes – areia que é o habitat do árabe Nasser. “Desde 2009, sentia que esse sonho estava se aproximando cada vez mais. A cada rali que fazia com a Volkswagen, percebia minha evolução”, continuou Al-Attiyah, que chegou à equipe com fama de piloto veloz, mas errático.
 
“Nesse ano mostrei isso: sofri apenas um pneu furado, contra seis ano passado. Nunca tomo álcool, mas hoje acho que o (navegador) Timo (Gottschalk) vai ter que tomar duas garrafas de champagne, uma por ele e uma por mim”.
 
Para Sainz, que fechou em terceiro no geral, o único consolo foi haver vencido o maior número de especiais (seis): “Esse foi um Dakar muito duro para nós”, disse o espanhol, que saiu da disputa pela vitória na 11ª especial, quando perdeu uma hora consertando uma quebra na suspensão dianteira direita. “Mas Nasser e Timo fizeram um grande trabalho e mereceram a vitória. Estou nesse negócio há trinta anos e sei que às vezes se perde e às vezes se ganha”.

Também exibindo um sorriso cansado, mas radiante, o espanhol Marc Coma chegou ao Autodromo de Baradero não apenas com a vitória nas Motos, mas também com a satisfação de empatar em número de vitórias (três) com aquele que é conhecido como seu “melhor inimigo”, o também piloto da Red Bull KTM Cyril Despres, que terminou em segundo.

“Ganhamos esse Dakar quando não o perdemos”, resumiu Coma. “Esse é o segredo do rali: evitar erros e se aproveitar quando os rivais os cometem”.
 
“Cometi dois pequenos erros ao longo de 15 dias, e no Dakar essa é a diferença entre vencer e chegar em segundo”, admitiu o francês Cyril. “Claro que preferia ter vencido, mas ao menos chegamos até o fim inteiros, e no pódio pela oitava vez”.

Finalmente, outro duelo interno, na Red Bull Kamaz, viu o russo Vladimir Chagin conquistar a sétima vitória da carreira entre os Caminhões, prevalecendo na disputa com o companheiro Firdaus Kabirov. Chagin ainda alcançou a marca de 63 especiais vencidas, um recorde absoluto entre as três categorias.

É uma prova do tamanho das dificuldades impostas pelo Dakar ao longo de 9500km que nenhum piloto tenha conseguido vencer as três edições sul-americanas do evento. Abaixo, a lista dos vencedores na era Argentina-Chile, todos pilotos Red Bull:

CARROS
2009 – Giniel de Villiers – Volkswagen
2010 – Carlos Sainz – Volkswagen
2011 – Nasser Al-Attiyah – Volkswagen

MOTOS
2009 – Marc Coma – KTM
2010 – Cyril Despres – KTM
2011 – Marc Coma – KTM

CAMINHÕES
2009 – Firdaus Kabirov – Kamaz
2010 – Vladimir Chagin – Kamaz
2011 – Vladimir Chagin – Kamaz

EB – www.autoracing.com.br

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