Copa Fiat – Campos e Scalabrin estreiam em Goiânia

O grid da Copa Fiat ganhará mais dois carros a partir da etapa deste fim de semana em Goiânia. Impossibilitada de participar da abertura do calendário no início do mês passado em Londrina, em função dos problemas pessoais enfrentados pelo diretor-técnico Gabriel Falivene, a equipe carioca GF Sports estreará na rodada dupla na capital de Goiás com o paranaense Júlio Campos e o paulista João Scalabrin, radicado no Rio de Janeiro desde a infância.

Argentino e torcedor do Boca Juniors e Fluminense, Falivene montou uma dupla que mescla a experiência de Campos e a juventude de Scalabrin. Com 30 anos, Campos é contemporâneo nas pistas de Felipe Massa, com quem venceu a primeira edição das 500 Milhas da Granja Viana de Kart em 1997. É um dos destaques da temporada da Stock Car, na qual ocupa a 6ª colocação. Aos 23, Scalabrin é o atual campeão e líder do carioca de Marcas, com duas vitórias em oito etapas já disputadas.

Falivene e Campos trabalharam juntos no primeiro semestre passado na Stock Car. “Será um prazer voltar retomar a parceria. Falivene é um dos melhores engenheiros do País”, elogia o piloto. “Julinho é um piloto que dispensa apresentações”, retribui o chefe da equipe, que passou a terça-feira ultimando os preparativos para a viagem do caminhão para Goiânia. “Um contratempo, que felizmente acabou bem, nos impediu de correr em Londrina. Agora, vamos trabalhar duro para descontar o tempo perdido”, avisa.

Quintanista de Engenharia Mecânica da PUC-RJ, Scalabrin sabe que está ingressando em novo patamar na carreira. A partir de agora, encontrará pela frente a nata dos pilotos de carros de turismo do Brasil. “A ideia é aproveitar cada treino e corrida para aprender e evoluir. Conto muito com a ajuda do Júlio, que tem uma bagagem de pista bem maior que a minha. Sei que os adversários são os melhores do País, mas depois você aperta o cinto de segurança não importa quem está do lado”, diz.

Scalabrin fez 10 anos de kart, percorrendo todas as divisões, mas foi obrigado a deixar as pistas por falta de patrocínio. Voltou em 2010 nas corridas domésticas em sua cidade e se animou com os resultados que foi alcançando. Depois que conheceu Faliveni, passou a considerar a possibilidade de entrar na Copa Fiat, recebendo ainda o incentivo do amigo Ulisses Silva, um dos “veteranos” da série de turismo do Racing Festival. Scalabrin acredita que o palco da estreia não poderia ser mais favorável. “Pelo menos em algo vou começar igual aos outros, já que a maioria nunca andou em Goiânia ou não corre naquela pista há mais de 10 anos.”

Campos tem conhecimento limitado, mas bem-sucedido, de carros com tração dianteira como os da Copa Fiat – foi segundo colocado na prova do Brasileiro de Marcas em Londrina no ano passado. “É claro que é um conceito bastante diferente dos carros de tração traseira, mas a guiada não muda tanto assim. Não é um bicho-de-sete-cabeças”, garante. Campos também nunca esteve no autódromo de Goiânia. “Vou procurar imagens de corridas no You Tube para chegar aos treinos extras de sexta-feira ao menos sabendo para que lado as curvas viram.”

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