Copa Fiat – Brasília ferve e esquenta mais a penúltima etapa

sexta-feira, 5 de outubro de 2012 às 16:57
Luir Miranda: sorvete contra o calor

Luir Miranda: sorvete contra o calor

Se já estava quente, por causa da diferença mínima de pontos entre os dois primeiros colocados no campeonato, a penúltima etapa da Copa Fiat pegou fogo de vez com o forte calor reinante em Brasília, palco da quinta rodada dupla da temporada. Nesta sexta-feira, às 15 horas e coincidindo com o horário da sessão classificatória de amanhã que definirá a ordem de largada da primeira corrida de domingo, a temperatura da pista chegou aos 46 graus. No ar, a máxima bateu nos 33 graus.

Além do desconforto que os mecânicos foram obrigados a suportar durante a montagem dos boxes e últimos ajustes nos carros, a preocupação com as possíveis consequências do clima seco e sufocante já está no rosto dos engenheiros das equipes. O carioca Anderson Barros, que trabalha diretamente com o líder Cacá Bueno e seu irmão Popó na GT/Itaú, disse que este poderá ser o fim de semana mais difícil do ano num traçado antigo e de asfalto abrasivo. “O pico de performance dos pneus está em 110 graus, no máximo 115. Mas poderá passar disso e acelerar o desgaste e consequente perda de rendimento. As únicas formas de amenizar o problema seriam uma tomada de ar, mas ela é proibida pelo regulamento, ou um acerto mais conservador para preservar a borracha, mas aí haveria o risco de queda de performance”, explicou.

Como a previsão do tempo não indica qualquer mudança nas condições climáticas, Barros aposta numa estratégia parecida no qualifying, que será realizado depois dos dois treinos livres com duração de uma hora cada. “A tendência é que todos partam para um acerto que deixe o carro rápido para duas voltas no classificatório e repensem as regulagens para a corrida. O que também pode ajudar é que as provas da Copa Fiat são curtas, duram em torno de 25 minutos, e a possibilidade de que os pneus não resistam e estourem é baixa.” Embora os técnicos da Pirelli, fornecedora dos pneus da categoria, indiquem uma calibragem mínima e máxima, as equipes são livres para trabalhar na pressão desejada.

Outra questão que ganha importância com o calor é o comportamento do motor. “Neste aspecto, a baixa umidade é um complicador adicional. Se o motor não for corretamente refrigerado, o rendimento cairá”, alertou Barros, sem dar pistas das ideias da equipe para minimizar o problema. Ele também sugere que a “guerra de vácuo”, que movimentou quase todos os pilotos no treino classificatório do ano passado, será vista novamente neste sábado. “Em uma ou duas voltas, é possível ganhar até 1,5 décimo, o que pode fazer enorme diferença em termos de posições de largada. Mas não pode passar disso, porque quem andar muito tempo atrás do outro com essa temperatura pode fazer o motor superaquecer.”

Cacá lidera o campeonato com 96 pontos, contra 95 de André Bragantini e 72 de Christian Fittipaldi. A pista do Autódromo Internacional de Brasília será aberta às 9h10 para o primeiro treino livre, com duração de 60 minutos. O segundo, a partir das 11 horas, terá o mesmo tamanho. A definição do grid da 9ª etapa começará às 15h10.

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