Contrato atual pode ser o último de Max Verstappen

Max Verstappen

A Fórmula 1 vem passando por uma série de mudanças nos últimos anos e de acordo com o site Racing News, Max Verstappen não gostou da maioria delas, e por isso anda questionando seu próprio futuro na F1.

Este ano, na Fórmula 1, as 19 vitórias de Max Verstappen em 22 corridas sinalizaram uma das temporadas mais dominantes de todos os tempos.

Verstappen é agora tricampeão mundial e conquistou seus títulos em meio a um período de mudanças na F1, com novas ideias sendo implementadas para tentar melhorar o show para os fãs.

O calendário foi ampliado e temos 24 GPs previstos para 2024, marcando um novo recorde para a categoria. Quando Verstappen fez sua estreia na F1 em 2015, o número estava em 19.

“São corridas demais para mim, mas só temos que lidar com isso”, afirmou Verstappen no início deste ano. “Acho que ficou um pouco mais lógico como da forma que tinha sido planejado, pelo menos, acho que é melhor para todos,” disse Verstappen se referindo a dois GPs cancelados, da China e da Emilia Romagna.

Verstappen tem contrato para correr na F1 com a Red Bull até o final de 2028 e o holandês já sugeriu várias vezes de que não permanecerá por mais tempo depois que seu contrato expirar.

“Mais coisas precisam acontecer para eu decidir se vou ficar mais tempo ou não. Todas essas coisas definitivamente não estão ajudando, com certeza.”

Corridas curtas (Sprint Races)

Verstappen também questionou a introdução das Sprints, que dobrou de três para seis eventos na temporada de 2023. O formato mudou ano após ano desde o seu início em 2021, mas Verstappen nunca gostou.

“Quando vamos fazer todo esse tipo de coisas, o fim de semana fica ainda mais intenso e já estamos fazendo muitas corridas. Acho que essa não é a maneira correta de fazer isso”, disse ele.

“Eu entendo que eles querem ter basicamente todos os dias emocionantes, mas acho que talvez seja melhor apenas reduzir o fim de semana; apenas corrida, sábado e domingo e tornar esses dois dias emocionantes. Porque estamos caminhando para temporadas em que você tem, em um ponto 24 ou 25 corridas, se você começar a adicionar ainda mais coisas, não vale a pena para mim. Não estou gostando disso.”

“Para mim, uma corrida Sprint é uma questão de sobrevivência, não de corrida. Quando você tem um carro rápido, não há nada a arriscar e prefiro apenas manter meu carro vivo e garantir que você tenha um bom carro de corrida para domingo.”

Verstappen também sugeriu que o DNA da F1 está sendo ameaçado pelas novas ideias.

“Não acho que seja o DNA da F1 fazer esse tipo de corrida curta. A F1 é tirar o máximo proveito disso na classificação e depois ter um domingo incrível”, disse ele.

“Esse é o DNA do esporte e não entendo por que deveríamos mudar isso.”

“Porque acho que a ação tem sido boa, e como conseguiremos ainda mais ação é aproximar os custos, fazer com que mais equipes possam lutar pela vitória.”

“Acho que naturalmente o show vai ser ótimo. Se tivermos seis, sete equipes já lutando pela vitória, isso seria uma loucura.”

Verstappen também reclamou bastante do GP em Las Vegas, mas voltou atrás depois vencê-lo e tomar um “puxão de orelha” do pai e de Horner.

Ponto de frustração removido

No entanto, há um ponto positivo para Verstappen, já que a F1 optou por abandonar seu plano de descartar os aquecedores de pneus após uma série de testes ao longo do ano.

Verstappen participou de um desses testes e não gostou do desempenho do pneu sem que ele fosse pré-aquecido no pit lane por cobertores.

“Sim, não foi agradável”, disse Verstappen. “Eu guiei com os pneus a 50 graus e quase rodei no pitlane.”

“Claro que também tive o composto mais duro, mas penso que há muito mais do que isso. Se temos as mantas dos pneus de qualquer maneira, por que não as usamos ao máximo, já que elas estão lá?

“Já temos os cobertores. Não precisamos comprar novos.”

O plano para a proibição dos cobertores de pneus girava em torno da melhoria da sustentabilidade, mas Verstappen sugeriu que isso teria criado preocupações de segurança.

“Acho que teremos muitos acidentes”, disse ele. “Isso eu já sei em comparação com o que temos no momento. Mas sim, é difícil.”

“Além disso, a degradação dos pneus será completamente diferente porque eles vão à pista muito frios. Você escorrega muito nas primeiras voltas.”

“A pressão dos pneus vai disparar, então os pneus vão degradar muito mais. E no momento eu realmente não gosto, mas quero dizer, muitos pilotos dizem o mesmo e é claro que temos que encontrar uma solução para isso.”