Comissários não tinham câmera frontal de Verstappen

Max Verstappen X Lewis Hamilton

Os comissários da Fórmula 1 não dispunham da câmera onboard de Max Verstappen virada para a frente, quando analisaram a sua disputa com Lewis Hamilton no Brasil. A Red Bull liderava o GP em Interlagos quando foi desafiada pela Mercedes rumo à Descida do Lago na volta 48.

Hamilton adotou a linha externa, mas ao virar a curva Verstappen ainda estava no vértice, e ambos tiveram que utilizar a área de escape na saída da curva. Naquele momento, o ângulo do carro de Verstappen a ser transmitido era o voltado para trás.

As outras câmeras disponíveis eram as câmeras ao lado da pista, um disparo de helicóptero e a onboard frontal do carro de Hamilton. Verstappen manteve-se à frente e os comissários notaram o incidente, mas optaram por não lançar uma investigação completa. O inglês passou o holandês 11 voltas mais tarde.

O diretor de provas da Fórmula 1, Michael Masi, afirmou que a decisão foi tomada sem a câmera virada para a frente de Verstappen e admitiu que era “potencialmente” uma informação crucial, mas que “não tínhamos acesso a ela”.

Ele delineou que “todos os ângulos que não obtivermos na hora” serão obtidos da equipe de transmissão da Fórmula 1, e que “daremos uma analisada neles”. Seriam a frontal de Verstappen e a câmera de 360 graus no RB16B.

Quando sugerido que o julgamento foi inconsistente em comparação com outros casos este ano, Masi retorquiu: “Discordo que seja incoerente. Se olharmos para isso, como já disse muitas vezes antes, julgamos o incidente pelos seus méritos, e olhamos para tudo isso”.

“Não esqueçamos que temos o princípio geral de ‘os deixem correr’, e olhando para tudo isto, com os ângulos que tínhamos disponíveis, essa foi a filosofia que foi adotada”, concluiu ele.