Comissão da Formula 1 se reúne para discutir assuntos importantes

Os dirigentes da Fórmula 1 tomarão uma decisão sobre as mudanças de nome do Team Lotus, da Renault e da Virgin em uma longa reunião hoje em Genebra, que também definirá o calendário de 2012 e moldará o futuro da colaboração técnica entre as equipes.

Para as mudanaças de nome serem aprovadas, elas precisarão do apoio de 18 dos 26 membros da Comissão da Fórmula 1 – que inclui os chefes de equipe, Bernie Ecclestone, o presidente da FIA, Jean Todt, e representantes de patrocinadores, fornecedoras de motores, promotores dos circuitos e fornecedora de pneus.

Contudo, um dos principais pontos de discussão é o futuro da colaboração técnica entre as equipes – como a parceria entre McLaren, Force India e Virgin. Essa aliança levou a temores de que elas poderiam estar estendendo os limites do Acordo de Concórdia, que exige que cada competidora projete e fabrique seu próprio carro.

O chefe da Mercedes GP, Ross Brawn, explicou: “Há uma definição muito clara do que é um construtor, e para competir na Fórmula 1, você precisa ser um construtor, segundo o Acordo de Concórdia. Você precisa ser dono da propriedade intelectual e do projeto do carro. Fundamentalmente, tem de projetá-lo inteiramente separado do motor e da transmissão, o que é livre”.

“Todo o restante tem de ser feito com a equipe, então você não pode vender um design da asa ou da suspensão para outra equipe. Está tudo muito claro no Acordo de Concórdia, e acredito que as equipes cumprem isso – mas, obviamente, há algumas áreas cinzentas em qualquer acordo”.

A discussão sobre a colaboração técnica também deverá incluir conversas sobre a possibilidade dos terceiros carros na Fórmula 1 – um assunto que divide opiniões no paddock. Brawn acha que tal mudança seria prejudicial para a categoria.

“Creio que é sensato explorar soluções para o futuro, mas não estou convencido de que é a melhor solução, porque começa a trazer muitos outros fatores”, disse ele.

“Parece simples – construir um terceiro carro e vendê-lo para outra equipe, mas se essa equipe puder disputar uma temporada com um carro muito competitivo por um custo bem menor do que uma fabricante, você começará a perder fabricantes, porque não faz sentido para as equipes construir seu próprio carro. E não queremos isso”.

“Na Fórmula 1, é importante que tenhamos os construtores e diferentes fabricantes envolvidas. Tem sido uma das coisas mais distintas da categoria há muitos anos. Acredito que precisamos explorar essas idéias, mas eu seria muito cauteloso com o conceito de vender carros”.

“Se o carro mais competitivo é vendido para várias equipes e eles preenchem o grid com esse carro, isso é prejudicial para o restante das equipes. Precisamos ser extremamente cuidadosos em relação às soluções que encontraremos no futuro”.

A Comissão da Fórmula 1 também discutirá o status dos GPs do Bahrain e da Coreia de 2012, além de debater a idéia de permitir jogos de pneus extras na Q3. Também haverá votações visando ratificar mudanças no regulamento técnico apresentadas pelo Grupo de Trabalho Técnico, além de discussões sobre a melhoria da promoção de eventos da categoria no futuro.

LS – www.autoracing.com.br