Comentarista alemão critica “experiências” da F1

Fórmula 1

Os novos proprietários da Fórmula 1 estão “experimentando demais” com o formato dos finais de semana de corrida da categoria.

Essa é a afirmação do comentarista alemão Kai Ebel, que retornou ao paddock em 2024 depois que a RTL fechou um acordo com o canal pago Sky Deutschland para transmitir alguns GPs na TV aberta da Alemanha.

Ao ser questionado pelo web.de sobre quais mudanças mais o irritaram durante sua ausência da F1, ele respondeu: “O fato de estarem experimentando demais”.

“Eles estão até mudando os horários de transmissão para criar tensão artificial, o que eu acho um exagero. A Liberty Media conseguiu muito, mas em algum lugar um pouco do DNA da F1 está sendo tirado. Está se tornando um filme sem conteúdo”.

Os dois GPs deste ano até agora – no Bahrain e na Arábia Saudita – foram realizados no sábado ao invés do tradicional domingo, oficialmente por causa do período islâmico do Ramadã.

Entretanto, o príncipe Khalid bin Sultan Al-Faisal Al-Saud, presidente da federação do automóvel saudita, agora jogou uma bomba sobre essa explicação oficial.

“A ideia surgiu no GP de Las Vegas do ano passado, que aconteceu em um sábado”, explicou ele ao Gazzetta dello Sport.

“Então, quando o calendário de 2024 estava tomando forma, apresentamos a proposta. Consequentemente, como é obrigatório um intervalo de uma semana entre uma corrida e outra, o GP do Bahrain também foi realizado no sábado”.

Kai Ebel admitiu que também não aprova a quantidade de ajustes nas regras que a F1 tem feito nos últimos anos.

“As regras já são bastante complicadas. Muitas vezes, o espectador nem percebe isso, mas é preciso ensiná-lo aos poucos. Porém, isso só funciona bem se você não ficar mudando as coisas constantemente”.

Quanto aos pilotos, Ebel afirma que Max Verstappen é um dos melhores para entrevistar porque ele é “sempre divertido, muito autêntico e diz o que pensa”.

Lewis Hamilton, no entanto, “pode ​​ser uma diva”.

“Ele é um artista brilhante quando está de bom humor, mas quando não está, rapidamente se torna muito monossilábico ou interrompe a conversa”, disse Ebel.

“Na minha opinião, se você fala bastante, também precisa ser capaz de ouvir. Contudo, eu sempre mantenho o nível com minhas perguntas”.