Começa a competição

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Começa o que chamamos da temporada de automobilismo e das grandes disputas. E neste ano tem gente achando que as audiências de F1 e F Indy estarão nessa disputa. Pra quem não é do mundo do esporte a motor pode até parecer que ver Rubinho na Indy com chance de vitória, ao lado de Tony Kanaan e Hélio Castroneves é melhor que ver Felipe Massa e Bruno Senna supostamente fazendo número, apenas. Coisa de quem não é apaixonado por corridas porque quem curte mesmo  automobilismo, vê corridas das duas categorias independente das chances de vitórias de “nossos” pilotos.  

Disputa entre F1 e Indy é coisa do passado, na minha forma de ver. Estamos mais que cientes das grandes diferenças de filosofia entre as duas categorias uma criando e executando cada carro com medidas restritas para seus dois pilotos e a outra com carro construído em série e distribuído pras equipes fazerem seus ajustes e desenvolvimentos. Animais iguais apenas no fato de serem monopostos.

Por isso à cada treino na F1 falamos de carros, sua estética e desempenho e depois, na semana seguinte, vamos falar de pilotos e suas performances. Na Indy vemos e falamos dos tempos marcados pelos  pilotos e o trabalho das equipes que receberam os novos chassis mais ou menos na mesma época e trabalharam duro pra deixar tudo pronto pra treinos e corridas que começam em 25 de março.

Mas se os animais são diversos, a essência da disputa dentro de cada uma delas é parecida num ponto, a grana. Não temos nenhuma dúvida sobre quais equipes que vão dominar os campeonatos nas duas categorias, temos? É só olhar o tal do budget. As orquestras maiores estarão mais afinadas com melhores instrumentos e músicos e com solistas virtuoses.

Na Indy Chip Ganassi e Penske são as equipes mais estruturadas, com mais dinheiro e com capacidade pra atrair os melhores profissionais na área técnica.  Eles estão há muito debruçados em simulações e cálculos usando os mais sofisticados softwares pra saber onde e o que deve ser afinado no projeto pronto do chassi Dallara. Não por outro motivo estão defendendo os principais fabricantes de motores, Honda e GM, respectivamente.

Na F1 Red Bull, McLaren e Ferrari “e$tão” na frente! E essa grana e estrutura a mais garantem a essas equipes a vantagem desde o projeto, passado pelos engenheiros contratados e suas ferramentas de experimentação e desenvolvimento e chegando aos pilotos contratados.

Não podemos, portanto nos limitar a ver ou não uma ou outra categoria, dado que são tão distintas e que nos reservam a mesma intensidade de disputa, o mesmo potencial de entretenimento, verdadeiro negócio das duas.  Nós do outro lado vamos curtir um bocado. E já saio aqui apostando em mais um título da Ganassi  na Indy e da Red Bull na F1. Isso sim é entretenimento, anotar essa opinião pra tirar sarro do colunista depois…

Celso Miranda

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