Classificação na Hungria usará duro no Q1, médio no Q2 e macio no Q3

segunda-feira, 17 de julho de 2023 às 17:15

MARIO ISOLA – DIRETOR DE MOTORSPORT

“O GP da Hungria tornou-se um evento clássico da temporada de verão da Fórmula 1 e, como tal, as temperaturas do ar e do asfalto, que costumam ser muito altas, são as principais características. Isto põe à prova os pilotos, os carros e os pneus, até porque a natureza sinuosa da pista não permite que ninguém recupere o fôlego. Há uma reta bastante longa, que oferece a única oportunidade real de ultrapassagem na frenagem na primeira curva à direita. Depois, há mais 13 curvas – sete para a direita e seis para a esquerda – em um circuito que perde apenas para Monte Carlo em termos de velocidade média mais lenta; na medida em que os carros usam configurações de pressão aerodinâmica semelhantes às de Mônaco. Com tantas curvas de baixa velocidade, a tração é um dos fatores fundamentais para um bom desempenho e o maior risco é o superaquecimento dos pneus. Apesar de ser uma pista permanente, o Hungaroring não é usado com muita frequência e as condições do asfalto melhoram consideravelmente durante o fim de semana, com linhas ideais de borracha para a corrida.

Normalmente, esta corrida é toda sobre estratégia e degradação de pneus. Este ano, optamos por um trio de compostos mais macios (C3, C4 e C5) em relação a 2022, enquanto uma nova alocação de pneus para a classificação (conhecida como ATA, ou ‘Alocação Alternativa de Pneus’, na sigla em inglês) será testada pela primeira vez, com a obrigação de usar apenas o duro no Q1, médio no Q2 e macio no Q3 se as condições permanecerem secas. Ambas as mudanças, pelo menos no papel, devem levar a um leque mais amplo de opções, principalmente em termos de estratégia. A ATA também economiza dois jogos de pneus de seco em relação ao formato tradicional (usando 11 jogos em vez de 13) e será executado novamente no GP da Itália, em Monza. Depois disso, a FIA, a F1 e as equipes decidirão se a adotarão ou não para a próxima temporada”.

OS PNEUS NA PISTA

• Para o GP da Hungria, as equipes usarão compostos mais macios do que no ano passado. O C3 será usado como P Zero Branco duro, C4 como P Zero Amarelo médio e C5 como P Zero Vermelho macio.

• Budapeste vai receber a estreia da Alocação Alternativa de Pneus (ATA), com apenas um composto slick obrigatório para cada sessão de classificação. As equipes devem usar o composto duro no Q1, médio no Q2 e macio no Q3. Se a classificação for no molhado, as equipes podem escolher livremente os compostos, como de costume.

• De acordo com as regras da ATA, o número de conjuntos de pneus disponíveis para cada carro é reduzido para 11, em vez dos 13 disponíveis para um fim de semana de corrida normal. Cada piloto terá três jogos de pneus duros, quatro jogos de pneus médios e quatro jogos de pneus macios. O número de pneus de chuva continua o mesmo: três conjuntos Full Wet e quatro conjuntos de intermediários, com um conjunto extra de intermediários autorizado se chover na sexta-feira ou se houver previsão de tempo adverso para sábado.

• Na sexta-feira, um jogo de pneus deve ser devolvido ao final de cada sessão de treinos livres. Mais dois conjuntos devem ser devolvidos no sábado após o TL3. Isso deixa sete jogos de pneus para a classificação e a corrida, dos quais pelo menos um jogo de pneus duros e um jogo de pneus médios devem ser mantidos para a corrida.

• Depois de Hungaroring, as regras da ATA serão testadas novamente no GP da Itália, durante o primeiro fim de semana de setembro.

• A Hungria costuma apresentar altas temperaturas ambiente e de pista. Com a corrida realizada no final de julho e o circuito localizado numa bacia natural com pouco fluxo de ar, Budapeste será um desafio para a gestão térmica dos pneus, bem como para o cansaço dos pilotos.

• A estratégia mais comum em Hungaroring é a de duas paradas, sendo ocasionalmente preferida uma parada. As escolhas feitas em 2022 foram fortemente influenciadas por um Safety Car Virtual e um Safety Car. Quase todos os pilotos fizeram três paradas, utilizando todos os compostos disponíveis. Na largada, metade do grid começou com os macios e a outra metade com os médios, com os duros sendo usados para o segundo ou terceiro stints.

AS - www.autoracing.com.br

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