Chefe da Mercedes afirma que é impossível controlar custos na F1

Toto Wolff

Toto Wolff duvida que os custos possam ser controlados na Fórmula 1. O desaparecimento de Marussia e Caterham salientou a situação financeira perigosa enfrentanda por várias equipes no esporte. A FIA introduziu planos para um teto orçamentário em 2015 no início deste ano, mas abandonou o conceito quando as equipes maiores não aceitaram as propostas.

“Como você pode reduzir o abismo entre o topo e a parte de baixo, comparando os orçamentos da Marussia com a Ferrari ou a Red Bull, por exemplo?”, questionou o chefe da Mercedes. “É uma lacuna de 70 a 250 milhões de dólares, então se você quer começar com um teto de custos, como você faz isso? Onde? Reduzindo dois terços dos funcionários? Como isso funcionaria, e como controlar? O teto nunca foi implantado porque não há forma de controlá-lo”.

“Algumas das equipes têm vários acertos, diversas empresas em todo o mundo, multinacionais por trás delas no Japão, na Alemanha, na Itália. Se você olhar para a Ferrari, eles têm um problema grave de serem transparentes o suficiente para lidar com um teto de custos”, prosseguiu Wolff, que embora declare simpatia pelas escuderias menores, afirma que elas devem ter recursos suficientes para para competir no “auge” do esporte.

“Temos visto grandes equipes que sucumbiram, entraram em liquidação ou em administração”, comentou ele. “Grandes nomes. Brabham, Arrows, Ligier, Prost, Larrousse, Leyton House… há outras 20 que faziam parte da F1. É claro que isso é algo que não deve acontecer. Tenho um grande respeito por aquilo que Tony Fernandes (Caterham) e Andrey Cheglakov (Marussia) fizeram em seus negócios empresariais, mas talvez na F1 seja diferente”.

“Como em qualquer outro no esporte, como em qualquer outro setor, este é o ápice. Este é o auge do esporte a motor, e, se você quiser competir aqui, você precisa ter os recursos. Esta é alta barreira de entrada para o esporte”, concluiu o chefe da Mercedes.