Charlie Whiting afirma que DRS é benéfico para a F1

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014 às 14:38

DRS, conhecido também como "Asa Móvel"

O diretor de prova da FIA, Charlie Whiting, tem defendido o uso do DRS na Formula 1 em meio a críticas de que o recurso tornou as ultrapassagens mais fáceis.

O DRS, que permite que um piloto acione um botão em seu volante, fazendo a asa traseira se abrir para reduzir o arrasto, foi introduzido em 2011 e, Whiting não acredita que isso realmente tenha diminuído a habilidade de realizar ultrapassagens.

“Eu sou um grande fã. Eu sei que algumas pessoas se opõem ao uso dele e, dizem que ele não é realmente algo correto em se utilizar em uma categoria como a F1. Eu discordo completamente dessa visão”. disse Whiting

“O uso do DRS ainda requer extrema habilidade do piloto. Pode parecer simples apenas acionar um botão e realizar a manobra que se espera, mas não é”.

Whiting salientou que às vezes o simples fato desse recurso ser acionado em linha reta pode parecer algo muito simples.

“Às vezes parece assim [muito fácil], mas Spa é um exemplo, se você vem atrás de um piloto na Eau Rouge um pouco mais rápido do que o carro a sua frente, você é capaz de ultrapassá-lo usando ou não o DRS”.

“Mas isso é somente por conta da velocidade de saída do carro em uma curva. Se os carros estão a uma mesma velocidade, um piloto terá que estar a cerca de pelo menos 0.3s do carro da frente, o que não é uma tarefa fácil”.

“Mas se eles estão à mesma velocidade no início da zona de DRS, o que vai permitir a ultrapassagem é quando os pilotos chegarem ao ponto de freada. Isto é toda a teoria do DRS e, para frear o carro a uma velocidade tão alta, isso ainda exige muito talento dos pilotos”.

“Você tem de imaginar que os carros estão na mesma velocidade, mas você não tem idéia de que velocidade os carros vão chegar na curva e como vão se comportar”.

“Se você entende esse raciocínio sobre o DRS e,o que é realmente necessário para se ultrapassar, o piloto tem um papel fundamento nisto.”

Whiting acrescentou que não há planos para mudar a maneira que o DRS é usado.

Atualmente, existem duas zonas de acionamento, que podem ser usadas ​​ao longo dos treinos livres e classificação, mas em uma corrida, o recurso é acionado apenas quando o carro que está atrás estiver a um segundo do carro que está a frente passar pelo ponto de detecção.

“Nós entendemos que deveria ser permitido apenas em determinadas partes da pista”, disse Whiting quando perguntado se era possível que o DRS poderia ser alterado, para ser usado por um determinado período de tempo em uma corrida, como ocorre na Formula Renault 3.5.

“Até 2012, os pilotos podiam usá-lo em qualquer ponto da pista nos treinos livres e na classificação, o que gerou um número grande de incidentes, pois o recurso estava sendo acionado em pontos que não deveriam”. “Por isso achamos melhor a partir do ano passado, permitir apenas usar o DRS em pontos especificados nos circuitos”.

“Achamos que é mais correto e seguro utilizar ele somente em certos pontos e não em uma quantidade máxima de tempo permitido”, finalizou.

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