Carta alerta para “retrocesso democrático” com Ben Sulayem na FIA
quinta-feira, 12 de junho de 2025 às 9:20
Mohammed Ben Sulayem
A Associação Austríaca de Automobilismo (OAMTC) emitiu um forte alerta à FIA, expressando preocupação com a integridade e a transparência do governo da federação.
Em uma carta enviada aos membros da seção de mobilidade do Conselho Mundial da FIA – vista pela Reuters – a OAMTC questiona a legitimidade das mudanças propostas pelo atual presidente Mohammed Ben Sulayem.
Propostas polêmicas na pauta da Assembleia Geral
A Assembleia Geral da FIA se reunirá nesta quinta-feira em Macau, com uma pauta que inclui propostas significativas de alteração nos estatutos.
Entre elas, destaca-se a limitação de quem pode concorrer à presidência – cargo para o qual Ben Sulayem já sinalizou nova candidatura em dezembro deste ano.
“Período sombrio de retrocesso democrático”
Na carta, a OAMTC afirma que tais mudanças representam “risco à reputação da FIA” e apela para que a votação seja retirada da pauta.
A associação considera que não há urgência nas mudanças e que elas “contribuem para a erosão da reputação da FIA de ter um governo competente e transparente”.
“Não pode ser coincidência que mudanças relevantes às eleições estejam sendo promovidas ao mesmo tempo em que o atual presidente busca reeleição”.
Medidas internas questionáveis e pressão sobre membros
Segundo a OAMTC, a FIA adotou práticas preocupantes para suprimir críticas internas e externas.
A carta denuncia exigências contratuais confidenciais, com multas de até €50.000 a oficiais da FIA, o que limita o debate e mina os mecanismos de responsabilização.
“Estamos testemunhando ações que convidam a comparações com regimes autoritários, onde freios e contrapesos deixam de existir”, diz o documento.
Credibilidade da FIA em xeque
A carta conclui afirmando que os danos à imagem da FIA já ocorreram, fruto de “um sistema de governo disfuncional” marcado pela ausência de discussão interna saudável e pela centralização de poder.
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