Sainz lamenta primeira metade de temporada difícil com a Williams

Carlos Sainz

A temporada 2025 tem sido especialmente desafiadora para Carlos Sainz, que trocou a Ferrari pela Williams em busca de um novo projeto competitivo.

No entanto, a realidade encontrada pelo espanhol tem sido bem diferente do esperado. Sem vagas disponíveis nas equipes de ponta, Sainz optou por liderar a reconstrução da Williams.

Contudo, nas 11 primeiras corridas do ano, os obstáculos se multiplicaram. No GP da Áustria, por exemplo, ele sequer completou a volta de apresentação, abandonando antes mesmo do início devido a mais um problema técnico.

“Precisamos entender se há alguma conexão entre o que aconteceu na classificação e na corrida”, comentou Sainz a jornalistas espanhóis. “Muitas coisas têm ocorrido conosco ultimamente”.

Além disso, os problemas não se limitaram ao fim de semana austríaco. Já na Austrália, Sainz enfrentou uma falha crítica.

Em seguida, vieram os contratempos no GP da Espanha, dificuldades de resfriamento no Canadá e falhas técnicas tanto na classificação quanto antes da largada no Red Bull Ring.

“A verdade é que este primeiro semestre foi bem complicado nesse aspecto. As coisas simplesmente continuam acontecendo conosco”, afirmou ele ao DAZN. “Em algum momento, toda essa maré de azar vai ter que acabar e finalmente tudo vai se encaixar”.

Problemas estruturais se repetem em ambos os carros

Por outro lado, Sainz destacou que não é o único afetado pelas falhas. O companheiro de equipe Alex Albon também tem convivido com dificuldades técnicas semelhantes.

“Sim, tivemos outro problema com Alex”, confirmou ele. “Precisamos investigar por que estamos enfrentando tantos contratempos, tanto na classificação quanto nas corridas”.

“Já passamos por vários finais de semana com falhas nos freios, no motor e também por superaquecimento. Estamos um pouco fracos nesse ponto, mas não temos alternativa. Só nos resta trabalhar duro, cerrar os dentes e ver como podemos melhorar”.

Reestruturação segue sendo prioridade para a Williams

Vale lembrar que o chefe da equipe, James Vowles, sempre foi transparente ao afirmar que a Williams está focada em 2026, quando o novo regulamento técnico entra em vigor. Assim, o projeto atual funciona mais como uma etapa de transição.

“Faz parte da jornada que estamos trilhando aqui dentro”, reconheceu Sainz. “Temos de reconstruir e reestruturar a equipe. Ainda há muitos problemas e várias áreas para melhorar. Mesmo assim, vamos continuar tentando, sempre com a cabeça baixa, aprendendo com os erros e buscando reagir”.

Motivação colocada à prova, mas o ritmo ainda está lá

Apesar de tudo, o espanhol admite que manter a motivação tem sido um desafio.

“É uma pergunta difícil”, respondeu quando questionado sobre o lado mental da crise. “Certamente, não é o cenário ideal para a mentalidade e motivação de um piloto lidar com tantos problemas”.

No entanto, Sainz ainda vê um ponto positivo. “Se há algo que não nos falta, é velocidade. Temos ritmo competitivo na maioria dos finais de semana”, afirmou.

Ainda assim, ele reconhece que isso não é suficiente. “Estamos no início do processo de adaptação. O problema é que a velocidade acaba sendo inútil quando surgem falhas nos momentos-chave do fim de semana”, concluiu.

Quero ser VIP