Carlos Sainz: Red Bull preserva pneus muito melhor que todo o resto

Carlos Sainz e Max Verstappen

Carlos Sainz acredita que um ponto muito forte dos carros da Red Bull é o gerenciamento dos pneus, com o RB19 ainda mantendo a aderência por muito mais tempo quando seus rivais começam a escorregar.

Sainz disse que isso se deve à aerodinâmica e é algo que a Ferrari precisa consertar no carro da próxima temporada.

Quando Sainz estava liderado as primeiras voltas do GP da Itália à frente de Max Verstappen, o holandês disse no rádio que “está tudo bem”, já que Sainz “já está escorregando um pouco”.

Carlos Sainz falou: “É uma das razões que eles são tão dominantes nas corridas.”

Assim, Verstappen foi capaz de atormentar o piloto da Ferrari e finalmente ultrapassá-lo na volta 15, depois de Sainz ter escorregado na freada da primeira chicane. Sainz cruzou a linha em P3 com Verstappen comentando sobre seus problemas com os pneus na sala de espera.

Verstappen: “Sinto muito por você. Você estava deslizando muito.”
Sainz: “Você viu isso?”
Verstappen: “Sua velocidade máxima salvou você.”

Sainz, que também foi ultrapassado pelo Red Bull de Sergio Perez, acredita que a capacidade do RB19 de manter a aderência quando outros estão escorregando com pneus quentes, diferencia a Red Bull do resto do grid.

“Se você nos comparar com a Mercedes e outras equipes, parece que tivemos um ritmo decente neste fim de semana”, disse o espanhol.

Degradação térmica

“Se você nos comparar com a Red Bull, eles foram claramente mais rápidos, especialmente na volta cinco, na volta seis, quando os meus pneus esquentaram – mesmo estando de cara para o vento – e você está pilotando com um pneu mais quente e com menos aderência do que nas primeiras cinco voltas, quando o pneu é novo.”

“É aí que você sente claramente que a Red Bull pode fazer a diferença e pode administrar melhor mantendo um ritmo forte, ou pode simplesmente forçar mais o ritmo mais rápido e diminuir menos.”

É algo que a Ferrari está trabalhando para resolver com o carro do próximo ano.

“É difícil”, continuou Sainz. “Estamos tentando encontrar a solução e o caminho a seguir. Acredito que muito disso é a aerodinâmica e ainda precisamos continuar trabalhando em nosso pacote aerodinâmico para o próximo ano.”

“Para este ano, acho que é o que temos e é por isso que eles são tão dominantes nas corridas.”

O espanhol, no entanto, avalia que, em geral, as equipes consideraram a degradação dos pneus no GP de Itália desta temporada superior ao esperado, com seis pilotos tendo optado por estratégias de duas paradas, o que não é a norma em Monza.

Ele disse que embora a Ferrari tenha se comprometido com uma única parada, no final de ambos os stints a borracha dos pneus estava completamente desgastada.

“Pareceu alto para mim”, disse ele. “Pareceu estar mais para duas paradas do que uma parada.”

“No final, comprometemo-nos com uma parada única porque era isso que os nossos números sugeriam antes da corrida, mas honestamente, provavelmente faltou pneu em cinco voltas em cada um dos stints.”

“Nas últimas quatro voltas que fiz com o pneu médio, fiz com zero borracha sobrando. E nas últimas cinco ou dez voltas que fiz com os duros, fiz com zero borracha sobrando.”

“É por isso que eu estava escorregando tanto e é por isso que acho que outras equipes tiveram um sentimento semelhante e se comprometeram com duas paradas, porque para mim uma parada foi muito apertado e muito no limite.”