Carey e Wolff falam da próxima geração de motores da Fórmula 1
quarta-feira, 25 de novembro de 2020 às 20:10
Motor Ferrari 2019
As novas regras de motor da Fórmula 1 devem ser guiadas principalmente por custos e energia sustentável, buscando preservar a equação motor a combustão interna + eletricidade mantendo assim um motor híbrido.
Isso é o que disseram Toto Wolff, CEO da Mercedes e Chase Carey, CEO da Liberty Media, atual proprietária da Fórmula 1.
O atual ciclo do regulamento da Fórmula 1 em relação à plataforma do motor se estende até o final de 2025. No entanto, as discussões já estão adiantadas entre as partes interessadas do esporte sobre o motor que irá impulsionar as corridas de Grand Prix a partir de 2026.
Após a introdução da era híbrida em 2014, a F1 foi criticada por desenvolver um motor – chamado de Unidade de Potência – híbrido que provou ser extremamente caro, muito sofisticado e pouco barulhento.
Ser “muito sofisticado” não é um defeito, uma vez que a F1 sempre foi o ápice do automobilismo e da tecnologia automotiva, mas daquela vez a categoria passou um pouco do ponto, já que o motor se tornou tão caro, que até hoje grande parte dele ainda não é usado pela indústria automotiva.
Wolff não é a favor de uma simplificação no futuro, pois isso implicaria em importantes investimentos dos fabricantes. E o custo é precisamente o fator mais significativo em torno das regras futuras da F1.
“A discussão tem sido muito boa e esse é um dos pontos positivos, disse Wolff. É interessante para onde vai a indústria automobilística, porque tudo se desenvolve na direção da mobilidade elétrica, mas também há um novo olhar para o motor de combustão interna e a combinação com a potência elétrica.”
“Acredito que devemos olhar para os custos. O desenvolvimento de uma UP completamente nova não é um lugar para onde devemos ir.”
“Sabemos que cometemos esse erro em 2011 e 2012, quando fizemos uma UP altamente sofisticada e também muito eficiente, mas ficou extremamente complexa.”
“Do jeito que as coisas estão, acho que precisamos ter uma combinação do que temos hoje – um motor de combustão interna e adicionar energia híbrida e mais potência para ter uma melhor relação entre a propulsão de energia sustentável e os motores de combustão interna convencionais.”
Além de considerações de custo, Wolff ressaltou a importância de combustíveis sustentáveis representando o futuro.
“Não acho que se trate de simplificar, trata-se apenas de tentar não ter custos crescentes”, disse ele. “E além do componente mais elétrico com bateria potencialmente maior ou mais potente, os combustíveis sustentáveis com carbono zero são definitivamente o futuro.”
Após a decisão da Honda no início deste ano de deixar a Fórmula 1 no final do ano que vem, o chefe da F1, Chase Carey, disse que a saída do fabricante japonês foi uma confirmação da necessidade do esporte abordar a economia de seu futuro motor.
Na semana passada, em uma teleconferência da Liberty Media com analistas de Wall Street, Carey destacou o papel da UP da próxima geração da F1 na busca geral do esporte para alcançar a neutralidade de carbono até 2030.
“No topo de nossas prioridades para sustentabilidade, o nosso esporte já está na construção de um roteiro para o motor de combustão que atenda aos objetivos ambientais de nossos parceiros automotivos e de toda a sociedade”, disse Carey.
“A F1 há muito serve como uma plataforma para a introdução de avanços da próxima geração no mundo automotivo. Acreditamos ter a oportunidade de fazer isso com um motor de próxima geração que combine tecnologia híbrida com combustíveis sem carbono.”
“Está cada vez mais claro que a eletricidade fará parte da solução, mas um motor de combustão interna neutro em carbono é tão importante, se não mais, para os objetivos ambientais do mundo.”
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