Campeão de F1 diz que Fernando Alonso não é tão bom quanto a imprensa afirma

Fernando Alonso

O campeão mundial de Fórmula 1 pela Ferrari de 1979, Jody Scheckter, disse que o bicampeão mundial Fernando Alonso é superestimado pela imprensa.

Embora o sul-africano admita que o espanhol é “muito bom”, o ex-piloto de 73 anos não quer que os fãs da F1 se deixem levar pelos exageros da imprensa.

“Fernando é obviamente muito bom”, comentou Scheckter ao discutir a carreira de Alonso no Stats Perform.

“Não gostei de algumas das coisas que ele fez na primeira metade de sua carreira. Na verdade, não gostei mesmo!”

“Mas ele é bom, é agressivo. Não acho que ele seja tão bom quanto a imprensa afirma. Mas ele está fazendo um bom trabalho agora, está fazendo um ótimo trabalho.”

Alonso algum dia se aposentará?

Alonso está atualmente competindo em sua 20ª temporada na F1. O espanhol atualmente ocupa o terceiro lugar na classificação de pilotos, depois de conquistar sete pódios para a Aston Martin.

Apesar da boa forma, a questão de quando o espanhol de 42 anos se aposentará sempre é uma questão. Quando perguntado sobre o que envolve tomar uma decisão tão importante, Sheckter disse que é uma coisa totalmente “pessoal”.

“Eu costumava dizer que se estou gostando muito, é porque não estou me esforçando o suficiente”, disse o ex-piloto da Ferrari.

“Se você está gostando, então vai ficando. Sabe, talvez eu tenha tentado e me esforçado demais para ficar muito tempo.”

“Então é uma coisa muito pessoal.”

Apesar do início excelente, a Aston Martin caiu para o P4 no campeonato de construtores. Embora Alonso esteja sendo a estrela dos Verdes, todos os olhos estão voltados para o teoricamente pressionado Lance Stroll, que tem 123 pontos a menos que seu veterano companheiro de equipe.

Stroll se sente pressionado?

Em conversa com a Motorsport Magazine, pelo o que o piloto canadense falou não parece se sentir pressionado por terceiros.

“Eu realmente não presto atenção a isso”, disse ele.

“No fundo, eu me conheço melhor e sei quando faço um bom trabalho e extraio o máximo do carro. Esteja eu à frente ou atrás deles, sei quando devo dar um tapinha no ombro ou ser o primeiro a me criticar de forma construtiva, aprender com isso e tentar voltar mais forte.”

Stroll reconhece a capacidade de Alonso

Lance Stroll também falou sobre a distância alarmante entre ele e Alonso e se isso o está afetando.

“Sei que houve muitas corridas em que senti que talvez tivesse tirado o máximo proveito do carro, e ele foi um pouco mais rápido, e é assim que as coisas são”, disse ele.

“Houve outros momentos em que eu realmente guiei bem e estive na frente dele algumas vezes. Então, sim, estou orgulhoso disso. Mas com certeza, ele esteve em um nível muito alto ao longo do ano, ele fez muito poucos erros – nenhum erro – e você tem que dar crédito a ele por isso, porque ele tem pilotado em um nível extremamente alto e realmente tirando o máximo proveito do carro todas as semanas.”

“Mas ainda faltam muitas corridas para eu me recuperar. Estou muito focado nas minhas próprias coisas, não estou ouvindo esse barulho lá fora, porque a F1 é assim mesmo”, disse ele.

“Quando você tem um dia ruim, sempre haverá uma razão para isso, mas quando você tem um dia bom é normal. Acho que é assim que a F1 é, ou minha experiência com ela ao longo dos anos.”

“Esperamos retomar a nossa boa competitividade do início do ano, que eu não pude aproveitar porque perdi pelo menos 250 voltas no carro na pré-temporada, além de não ter podido me preparar fisicamente de modo apropriado por causa daquela lesão (punho quebrado)”, disse Stroll.

“Fora da equipe, ninguém leva isso em consideração, mas eu não me importo porque sei que posso fazer bem melhor com o tempo. Estou tirando o atraso físico, mas andar no carro real em pistas reais, que é o item que melhor te prepara, não há a possibilidade de fazer. Não ter feito a pré-temporada num carro totalmente diferente do de 2022 está fazendo falta. Mas eu chego lá, tenho certeza.”

A Aston Martin buscará o pódio no GP de Cingapura após uma apresentação sofrível nas retas de Monza durante o GP da Itália.