Câmeras da Netflix criam drama na F1, diz Szafnauer

Otmar Szafnauer

Está claro que uma reunião explosiva de chefes de equipe em Montreal será apresentada na próxima temporada da série oficial da Netflix sobre a Fórmula 1. Enquanto eles guerreavam pela repressão da FIA aos “quiques”, o chefe da Red Bull, Christian Horner, revelou que as câmeras da Netflix estavam rodando quando Toto Wolff “perdeu a cabeça”.

“A reunião ficou um pouco emocional”, disse o chefe da equipe Aston Martin, Mike Krack, à revista alemã Auto Motor und Sport. “Havia uma câmera e acho que foi Christian quem perguntou se ela poderia ser desligada. Mas não posso dizer se ainda estava sendo gravada ou se os microfones estavam abertos o tempo todo”.

O jornal alemão Bild citou Horner como confirmando que havia “elementos de teatro” na reunião de Montreal. “O novo filme de Lewis está chegando”, declarou ele. “Talvez Toto consiga um papel nisso”.

Otmar Szafnauer, chefe da equipe Alpine, de propriedade da Renault, afirmou ao Sport1: “O fato de a Netflix estar lá certamente contribuiu para minha relutância em não dizer nada”.

Ele disse sobre a presença das câmeras: “Isso cria um drama que de outra forma não existiria? Eu não sei, mas tenho certeza que as pessoas vão assumir que tem um impacto. E talvez sim”.

Nikita Mazepin, ex-piloto da Haas, disse que, como a Netflix está “tentando fazer um negócio” com seu envolvimento na Fórmula 1, “alguns momentos desinteressantes” precisam ser apimentados.

“Acho que o trabalho dos editores é muito difícil e certamente não os invejo”, comentou ele à Sport-Express. “Geralmente, tudo o que populariza o esporte é um bom projeto, porque é voltado principalmente para os jovens”.

“Talvez daqui a 10-20 anos, algum jovem não vá a um pub para beber cerveja à noite depois de estudar, mas vá andar de kart. Então acho que diríamos que foi um projeto de sucesso”, concluiu o russo.