Brundle pede mudanças no formato da corrida curta

terça-feira, 24 de outubro de 2023 às 9:31

Martin Brundle

Martin Brundle, ex-piloto de Fórmula 1, pediu mudanças no formato da corrida curta após vários problemas no fim de semana em Austin.

Com vários problemas de acerto devido ao único treino livre, quatro carros largaram do pit lane porque as equipes decidiram fazer mudanças sob condições de parque fechado.

Lewis Hamilton e Charles Leclerc foram desclassificados por desgaste excessivo da prancha, uma consequência direta da falta de treinos.

“Não há dúvida que o formato da corrida curta deixa as equipes muito pressionadas, e em geral, nós não temos uma resposta particularmente positiva delas”, escreveu Brundle em sua coluna para a Sky Sports F1.

“Com apenas um treino antes da especificação e do acerto serem travados pelas regras do parque fechado, principalmente em um circuito relativamente desconhecido como Losail ou ondulado como o COTA, isso os deixa despreparados”.

“Não é o ideal com carros tão complexos, e isso assumindo que o primeiro treino tenha condições meteorológicas representativas e nenhum problema de confiabilidade ou acidentes”.

“E há a primeira pergunta: Nós queremos o risco e a variação de algumas equipes não terem toda a sua velocidade ou isso é um desperdício de recursos e habilidade que não condiz com a F1?”

“Nós tivemos 20% do pelotão largando do pit lane na prova principal de domingo, ambos os carros da Aston Martin e Haas, porque preferiram quebrar o parque fechado tentando um acerto mais competitivo”.

“A partir de sexta-feira à tarde, com duas sessões de classificação e duas corridas pela frente, alguns pilotos tiveram um carro difícil pelo resto do fim de semana”.

“Isso não é ideal ou necessário, e apesar de eu não gostar de alterações constantes no formato, devemos fazer algumas mudanças para a próxima temporada e além”.

“É uma loteria grande demais com consequências de longo alcance, como nós descobriríamos várias horas após o GP de domingo”.

As duas desclassificações ocorreram depois de certas checagens nas máquinas de apenas quatro pilotos, e Brundle explicou: “Quatro carros foram checados, incluindo a Red Bull de Verstappen e a McLaren de Norris”.

“Foi descoberto que a Mercedes de Hamilton e a Ferrari de Leclerc tinham um desgaste excessivo, e o único remédio para isso é a desclassificação, mesmo sendo uma violação mínima. Não pode haver área cinzenta nisso”.

A próxima grande questão é que se 50% dos carros testados falharam, todos aqueles que terminaram não deveriam ter sido checados? A resposta certamente precisa ser sim.

Deve ser dito que as checagens da FIA são extremamente detalhadas. A lista publicada inclui mais de 50 testes separados em todos os que terminaram e alguns em carros selecionados aleatoriamente.

 

LS - www.autoracing.com.br

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