Brundle defende as bandeiras vermelhas em Melbourne

GP da Austrália

Martin Brundle, ex-piloto de Fórmula 1, defendeu a decisão da FIA de dar três bandeiras vermelhas no GP da Austrália de domingo.

Falando após a prova, Max Verstappen questionou a necessidade da bandeira vermelha da volta 54, enquanto Fernando Alonso admitiu que a decisão foi “estranha” e George Russell considerou a primeira interrupção “totalmente desnecessária”.

Entretanto, Brundle negou a noção de que as bandeiras vermelhas foram mostradas a fim de gerar mais entretenimento.

“Eu não creio que houve alguma instrução para melhorar o espetáculo quando fosse necessário”, declarou Brundle à Sky F1. “Você precisa se colocar no lugar das pessoas que são responsáveis. É fácil para nós ficar dizendo de fora ‘deveriam ter feito isso ou aquilo'”.

Brundle também se referiu ao incidente no GP da Hungria de 2009, quando Felipe Massa sofreu lesões na cabeça depois de ser atingido por uma mola que havia se soltado da traseira do carro de Rubens Barrichello.

“Em 2009, Felipe Massa quase morreu com uma parte do carro de outro piloto passando por seu cockpit. (Melbourne) também é um circuito de rua com muitos fãs de ambos os lados da pista, sem contar os fiscais e médicos que ficam lá”.

“Portanto, se há destroços na pista, eles não podem ficar voando a mais de 300 km/h. Quando Alex Albon bateu, eu pensei que eles poderiam ter usado apenas um safety car para limpar o circuito e retirar o carro”.

“Uma bandeira vermelha talvez tenha parecido ligeiramente desnecessária, mas perto do fim da prova, nós tivemos uma roda na pista e muitos destroços. Eu estou absolutamente confiante de que ninguém disse ‘ei, vamos deixar isso um pouco mais divertido'”.