Brundle: Perder Verstappen seria um “golpe duplo” para a Red Bull

Martin Brundle

A Red Bull recebeu um alerta contundente de Martin Brundle, ex-piloto e atual comentarista da Sky Sports.

Ele afirmou que, caso Max Verstappen deixe a equipe rumo à Mercedes, o prejuízo será duplo: além de perder seu principal ativo, a Red Bull veria seu maior rival se fortalecer significativamente.

Embora os rumores sobre essa possível transferência já circulem há algum tempo, eles ganharam ainda mais força nesta semana.

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Isso aconteceu, sobretudo, após uma reportagem da imprensa italiana indicar que negociações reais estariam em andamento entre o piloto holandês e a Mercedes.

Atualmente, Verstappen enfrenta uma situação desafiadora. Afinal, está 61 pontos atrás de Oscar Piastri na classificação do campeonato, o que dificulta sua tentativa de recuperar terreno e lutar pelo título.

Ao mesmo tempo, o cenário futuro da Fórmula 1 também pesa nessa equação. A partir de 2026, com a entrada de um novo regulamento técnico, a Mercedes é amplamente apontada como favorita para iniciar essa nova era em posição de vantagem.

Dessa forma, é natural que Verstappen considere uma eventual mudança, especialmente diante da queda de desempenho recente da Red Bull.

Cláusulas, contratos e brechas possíveis

Apesar de Verstappen ter contrato com a Red Bull até o final de 2028, acredita-se que o acordo contenha cláusulas de performance.

Isso, por sua vez, pode abrir espaço para uma saída antecipada – embora tal movimentação dependa, é claro, da aprovação de instâncias reguladoras.

Brundle destacou exatamente esse ponto ao citar o papel do Conselho de Reconhecimento de Contratos da F1, órgão responsável por supervisionar todos os acordos assinados entre equipes e pilotos.

“Você tem uma coisa chamada Conselho de Reconhecimento de Contratos na F1, onde o contrato de todos é registrado centralmente na Suíça e quaisquer disputas são tratadas dessa forma”, explicou.

Além disso, Brundle levantou uma questão relevante: mesmo que o contrato seja sólido, vale a pena manter um piloto contrariado na equipe?

“Mas é possível manter um piloto infeliz no assento?”, questionou, provocando reflexão.

Mercedes mira Verstappen para vencer e enfraquecer a rival

Na sequência, Brundle apontou o possível raciocínio estratégico da Mercedes. A equipe de Brackley, ao contratar Verstappen, não apenas garantiria o piloto mais rápido do grid, como também desestabilizaria diretamente sua concorrente mais perigosa.

“Do ponto de vista da Mercedes, isso não só lhes daria o piloto mais rápido do grid atualmente, como também o tiraria da Red Bull”, afirmou.

Além disso, ele ressaltou o peso de Verstappen nos resultados da equipe austríaca nas últimas temporadas. Ou seja, sem ele, o cenário da Red Bull pareceria consideravelmente mais frágil.

“Se você tirasse Verstappen dos resultados da Red Bull nas últimas temporadas, eles pareceriam bem ruins”.