Brown: Indy tem dois pilotos que podem correr na F1

sábado, 27 de janeiro de 2018 às 10:34

Zak Brown

O chefe da McLaren, Zak Brown, não concorda com os comentários feitos pelo colega da Haas, Guenther Steiner, depois que o austríaco alegou que não havia pilotos americanos dignos de uma vaga na Fórmula 1. “No momento não há ninguém pronto para a F1 nos Estados Unidos na minha opinião”, disse Steiner.

Brown discorda e calcula que pelo menos dois pilotos da Fórmula Indy poderiam fazer a mudança para F1 com sucesso. “Eu não concordo com os comentários de Guenther Steiner de que nenhum dos pilotos da IndyCar está apto para um carro da Fórmula 1”, declarou ele nesta semana.

“Há alguns que eu colocaria. Especificamente, acho que Josef Newgarden é um excelente talento e acho que Scott Dixon é um excelente talento”.

Newgarden não conseguiu impressionar durante sua campanha na GP3 em 2010, mas mudou-se para a Indy Lights no ano seguinte e ganhou o campeonato. Aos 27 anos de idade, desde 2011 na Indy, ele foi campeão em seu primeiro ano na Penske em 2017.

Enquanto isso, Dixon conquistou quatro títulos (2003, 2008, 2013 e 2015). No entanto, o neozelandês agora tem 37 anos, o que o tornaria o segundo piloto mais antigo no grid da F1, apenas um ano mais novo do que Kimi Raikkonen, mas Brown não acredita que isso seja um problema.

“Eu não tenho a visão de que os pilotos podem ficar muito velhos, acho que o que acontece é que eles perdem a motivação. Se você olha para alguém como Michael Schumacher, ele era muito competitivo em seus quarenta e se ele não tivesse tirado esses poucos anos de folga, não teria perdido velocidade no final – e ele tinha quarenta e poucos anos”, lembrou.

“Então, alguém como Scott Dixon me lembra de Fernando (Alonso, 36 anos), ele é extremamente apto, muito dedicado e tão rápido como nunca, e acho que Scott Dixon seria muito competitivo em um carro de Fórmula 1 hoje”, opinou o chefe da McLaren.

No entanto, Brown diz que as regras sobre testes precisam mudar para que tal mudança ocorra, uma vez que as limitações atuais não dão às equipes a oportunidade de correr riscos e testar pilotos de outras categorias.

“O maior desafio que você tem é a falta de testes. Até que a regra mude, será difícil para um piloto fora da arena da F1 ou da Fórmula 2 entrar na F1, porque você tem uma desvantagem nesse sistema, que não permite realmente que você traga alguém”, concluiu ele.

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