Briatore ansioso pela saída dos motores Renault da F1

Flavio Briatore

Flavio Briatore está em contagem regressiva para a troca dos motores de fábrica da Renault pela Alpine no final da temporada.

O dirigente de 75 anos, que levou a equipe de Enstone a títulos com Michael Schumacher e Fernando Alonso, retornou como consultor-chave do CEO da Renault, Luca de Meo.

Entre suas primeiras decisões, estava a de abandonar a produção interna de motores, optando por motores e caixas de câmbio Mercedes a partir de 2026.

No Bahrain, também comemorando seu aniversário, Briatore recebeu de Pierre Gasly uma surpreendente vaga no grid em quarto lugar, preparando a Alpine para provavelmente marcar seus primeiros pontos em 2025.

“Sem a falta de motores, estaríamos na primeira fila”, disse ele à revista alemã Auto Motor und Sport. “Dependendo da pista, perdemos de três a quatro décimos de segundo apenas no trem de força”, acrescentou.

Apesar de um teste de inverno promissor, a Alpine vacilou em Melbourne, Xangai e Suzuka. “Não fomos tão ruins quanto parecemos”, explicou Briatore. “Nosso problema foi que nunca conseguimos aproveitar ao máximo o composto de pneu mais macio”.

Ele também observou que as tentativas dos engenheiros de compensar a deficiência do motor saíram pela culatra. “Os experimentos não funcionaram”, admitiu. “Foi por isso que eu disse à equipe antes do fim de semana: ‘Chega de experimentos. Vamos pilotar como fizemos no teste'”.

Briatore também enfrenta questionamentos sobre Jack Doohan, com rumores circulando sobre uma possível troca por Franco Colapinto. Embora Gasly tenha se destacado, a classificação de Doohan em 11º lugar mostrou falhas que unem todos os setores.

“Ele ainda precisa trabalhar nisso”, concluiu Briatore. “Jack é rápido, mas ainda não é consistente”.