Brawn: F1 quer pilotos de F2 disputando treinos livres

domingo, 10 de setembro de 2017 às 10:15
Ross Brawn

Ross Brawn

Os comandantes da Fórmula 1 estão avaliando formas de aumentar o número de pilotos de Fórmula 2 que participam regularmente das sessões de treinos de GP nas sexta-feiras, de acordo com Ross Brawn.

Várias estrelas da F1 – incluindo o atual candidato ao título pela Ferrari, Sebastian Vettel e Robert Kubica – fizeram seus nomes quando jovens pilotos participando regularmente de sessões de treinos em meados dos anos 2000 em terceiros carros.

Mas essa abordagem foi abandonada no final da temporada de 2006 – embora as equipes tenham ficado livres para colocar outros pilotos além de seus concorrentes regulares nas sessões de treinos.

Usando o exemplo de um piloto de F2 substituindo um de F1 indisposto sem prévio aviso, Brawn delineou seus pensamentos de que tal cenário era imprudente sem dar ao piloto júnior uma chance de praticar antes.

“Colocar alguém na F1 que não teve a experiência é um risco”, disse o diretor-gerente desportivo da F1. “Você deve prepará-los o melhor possível, talvez fazendo o treino da manhã de sexta-feira. Esses tipos de iniciativas são importantes antes deles serem expostos”.

“Se eles tiverem um problema (e) entrarem na F1 do jeito errado, então suas carreiras podem ser danificadas. Eu não acho que substituir Felipe (Massa, que foi forçado a sair do GP da Hungria com doença) por um cara de F2 teria sido muito justo, porque eles teriam muito pouco tempo para entrar no carro”, explicou.

“Existe uma maneira melhor estruturada de fazê-lo, mas esse é o tipo de coisa que queremos fazer. O treino de sexta-feira – começamos a procurar iniciativas mais positivas para que os jovens possam ter uma oportunidade de guiar – esse tipo de coisa (é) o que está sendo discutido no momento”, prosseguiu Brawn.

Quando solicitado pelo site Autosport se a F1 sente falta de uma escada ao estilo MotoGP-Moto2-Moto3, Brawn respondeu “eu acho que sim”, mas disse que o atual formato após a aquisição da Liberty Media é “uma oportunidade para criar essa progressão”.

Ele acrescentou: “Seria ótimo se tivéssemos um jovem entrando, ele era uma estrela na F3, uma estrela na F2 e então ele fez uma entrada ao estilo de (Max) Verstappen na F1. Isso é o que queremos ver. Ao ter essas corridas em um GP de F1, os fãs podem começar a se envolver com eles. Tem tantos benefícios – comercialmente e de uma perspectiva desportiva – que temos que fazê-lo funcionar”.

Brawn também delineou sua crença de que a F2 – que faz parte do portfólio da Liberty Media – poderia ser usada para experimentar ajustes de formato antes das mudanças de regras na F1. “Estamos todos sob o mesmo guarda-chuva, por que você não quer ver como pode desenvolver ideias (e) conceitos?”, questionou.

“A F2 está muito comprometida com o grid reverso, que funciona muito bem para eles, mas eles têm algumas considerações comerciais diferentes, então (na F1) pode não ser necessário. E, claro, eles têm duas corridas, o que a F1 não tem. Começamos a olhar para os procedimentos de reinício com Safety Car, diferentes formações de grid para a largada – coisas assim podem ser facilmente trazidas da F2 para a F1”, concluiu.

EB - www.autoracing.com.br

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