Brawn: F1 pode sobreviver sem a Ferrari

domingo, 7 de janeiro de 2018 às 16:35

Ross Brawn

Ross Brawn enviou um aviso à Ferrari após as últimas ameaças de saída da Fórmula 1, afirmando que o esporte pode sobreviver sem a fabricante italiana.

O diretor de esportes da F1 está ansioso para avançar com a nova visão da Liberty Media para a categoria, incluindo alterações na estrutura de prêmios e uma mudança dos regulamentos de motor para 2021.

O presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, emitiu uma ameaça de desistência se as novas regras da F1 não se adequarem à sua equipe, enquanto as especulações foram intensificadas quando o ex-chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, disse que o esporte não poderia sobreviver sem a icônica marca italiana.

Brawn rebateu tais relatos e está ansioso para trabalhar em colaboração com a Ferrari em vez de contra ela, mas adverte que qualquer mudança será sob os “limites” da Liberty.

“Eu acho que eles (Ferrari) estão dizendo que têm elementos importantes da F1 que precisam ser mantidos e acho que temos um consenso sobre isso”, disse Brawn à Sky Sports F1. “Eles são parte do DNA da Fórmula 1 e não queremos perder isso, mas tem que estar nas circunstâncias certas. Há limites que sentimos que precisamos estar corretos para o esporte e espero que sejam limites em que eles possam trabalhar”.

“A Fórmula 1 sempre irá sobreviver sejam quais equipes estiverem nela. Já vimos isso com alguns campeões mundiais deixando o esporte, às vezes tivemos tragédias, mas o esporte se recupera e continua. Continuará se eu estiver nele, se a Liberty estiver nele ou se a Ferrari estiver nele”, prosseguiu.

Brawn admitiu que perder a Ferrari seria um grande golpe para a F1, e é por isso que ele está interessado em trabalhar com a fabricante italiana para encontrar soluções para suas preocupações.

“Será melhor quando isso acontecer (a saída da Ferrari)? Eu acho que não, então nós temos que encontrar soluções com a Ferrari, mas tem que estar em torno dos parâmetros certos. Não podemos ter uma situação em que façamos qualquer coisa que uma equipe queira, seja Ferrari, Mercedes, Renault, etc. Nós não podemos apenas dirigir um esporte sobre o que uma equipe quer”, concluiu ele.

EB - www.autoracing.com.br

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