Brawn elogia os novos regulamentos e o trabalho da Red Bull

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022 às 14:45

Ross Brawn

A temporada de 2022 foi importante para a Fórmula 1 com a introdução dos novos regulamentos. Ross Brawn fez um balanço e acredita que o esporte deu um passo na direção certa.

Nos últimos anos, houve muitas reclamações de fãs de que a Fórmula 1 estava se tornando muito chata. O domínio da Mercedes proporcionava pouca emoção e as ultrapassagens na pista também estavam se tornando cada vez mais difíceis.

Portanto, a F1 decidiu introduzir novos regulamentos que devem tornar mais fácil para os pilotos seguirem uns aos outros na pista. Esperava-se também que as equipes da F1 estivessem mais próximas, o que deveria levar a uma luta pelo título mais emocionante.

O trabalho de Brawn serviu de base para o novo regulamento técnico para 2022. O britânico deixará o cargo na F1 no final deste ano.

Falando à filial holandesa do Motorsport.com, Brawn admite que os novos regulamentos ainda não são perfeitos. As ultrapassagens ainda não melhoraram em todas as pistas e o pelotão também não está tão próximo quanto o esperado.

A Red Bull Racing e Max Verstappen acabaram conquistando os dois títulos mundiais de forma dominante. Ainda assim, ele está em geral feliz com as novas regras. Ele, portanto, classifica os novos regulamentos com oito ou nove em uma escala de dez.

O maior problema para as equipes de F1 foi o fenômeno dos quiques, que atingiu a Mercedes de forma especialmente dura. O fato de as equipes terem sofrido tanto com os saltos é em parte culpa delas.

“Aqueles que experimentaram isso anos atrás possivelmente estavam mais conscientes de como lidar. Isso vale para Adrian Newey em particular, o carro deles (Red Bull) dificilmente teve problemas”, disse Brawn.

Em contraste, outras equipes correram muito risco porque queriam encontrar o máximo de velocidade possível. No final, todos conseguiram chegar a um meio-termo.

Muitos pilotos comparam os novos carros a 2021, mas Brawn acha isso injusto. O britânico acredita que a qualidade das corridas melhorou porque há menos perda de downforce quando os pilotos correm roda a roda. Como resultado, os carros ficaram mais previsíveis e os pilotos muito mais confiantes, segundo o britânico.

Em vez disso, a geração anterior de carros só piorava e essa tendência só teria continuado em 2022 e 2023. “Portanto, não apenas encontramos uma direção melhor, mas também encerramos o caminho para carros impossíveis de se correr”, finalizou Brawn.

EB - www.autoracing.com.br

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