Brawn: A Formula 1 não pode ficar aleatória demais

quarta-feira, 22 de agosto de 2012 às 9:33

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A segunda metade da temporada 2012 da Fórmula 1 precisa ser menos “aleatória” se a categoria quiser manter os espectadores entretidos até o final da batalha pelo campeonato mundial. Essa é a opinião do chefe da Mercedes, Ross Brawn.

“Para a Fórmula 1, precisamos garantir que o fator aleatório não seja forte demais”, declarou Brawn ao site Autosport. “Creio que alguns elementos aleatórios deste ano foram empolgantes, mas, na realidade, acho que (a empolgação) diminui após algum tempo se ficar aleatório demais”.

“Há uma analogia interessante com a pesca, eu estava pensando nisso outro dia. Na pesca, o bom é que um iniciante completo pode chegar e pescar um peixe enorme, porque existe um fator aleatório nela. Isso é o que a torna realmente divertida para os participantes – mas não um esporte muito bom para espectadores”.

“O que não podemos ter no automobilismo é um fator aleatório onde você não saiba quem irá vencer, e você poderia trabalhar duro para melhorar o carro, mas ele não se adapta às condições e você não é competitivo. Isso não é o que queremos”.

A Fórmula 1 enfrentou críticas de alguns por ter sido imprevisível demais no começo do ano. Os críticos sugeriram que as grandes variações na performance das equipes a cada corrida, devido à falta de compreensão dos pneus Pirelli de 2012, estava afastando alguns fãs.

Porém, Brawn acredita que, agora que as equipes têm um conhecimento melhor dos pneus, a situação está se acalmando – e ele acha que isso é vital para a credibilidade da Fórmula 1 no futuro.

“Em certo grau, parece que as coisas estão melhorando, mas os diferenciais que estamos tendo nas equipes com seus dois pilotos ainda são curiosos. Em um fim de semana com a Red Bull, Mark (Webber) quase domina, e no próximo é Sebastian (Vettel) – e ninguém realmente entende isso”.

“Há um padrão e uma tendência emergindo, além de todos nós estarmos ficando mais competentes com os pneus. Suspeito que isso é o que vai ocorrer, e, desde que aconteça, tudo bem. Mas o que não queremos é o fator aleatório”.

“Acho que precisa haver um padrão. Uma ou duas equipes têm de ser o ponto de referência, com as outras tentando batê-las. Você precisa disso para que as pessoas desfrutem da temporada – caso contrário, há um fator aleatório, e alguém que compreenda ligeiramente melhor do que os outros pode acumular mais pontos”.

“Queremos ver os pilotos lutando entre si. Queremos ver aqueles que estão em primeiro e segundo no campeonato lutando duro pelas primeiras posições, e não um no pelotão intermediário e outro abrindo vantagem porque sua equipe se acertou com os pneus naquele fim de semana”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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