Bearman apoia críticas de Verstappen às punições da FIA

segunda-feira, 21 de julho de 2025 às 10:54

Oliver Bearman

Oliver Bearman endossou as críticas feitas por Max Verstappen em relação ao que ambos consideram um excesso de restrições por parte da FIA na Fórmula 1 atual.

Segundo eles, a federação tem adotado uma abordagem cada vez mais rígida – e por vezes inconsistente – ao lidar com a conduta dos pilotos.

Recentemente, Verstappen expressou frustração com a maneira como a FIA tem imposto suas regras, tanto dentro quanto fora das pistas. Para o tetracampeão mundial, essas limitações estão sufocando o instinto competitivo natural dos pilotos.

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“Em algumas batalhas, você sente que não pode realmente ir pra cima”, disse ele. “Parece antinatural. Você pensa: ‘Posso fazer isso ou vou ser punido?’ Isso não é correr de verdade”.

Exemplo de Magnussen mostra excesso da FIA

Bearman, de apenas 20 anos, seguiu na mesma linha de raciocínio. Em entrevista à Speed Week, ele afirmou que o caso de Kevin Magnussen em 2024 ilustra bem o que está errado.

De acordo com ele, mesmo infrações consideradas leves acabaram resultando em uma suspensão por acúmulo de pontos.

“Concordo com Max”, afirmou o novato da Haas. “A punição de Kevin me pareceu bastante severa. As infrações em si não foram perigosas, mas a soma dos pontos resultou numa penalização extrema”.

Além disso, Bearman destacou manobras de corrida que terminaram sem consequências, mas que mesmo assim renderam punições. Segundo ele, o excesso de rigidez está afastando os pilotos de disputas reais.

“Houve lances em que dois carros seguiram reto após uma tentativa de ultrapassagem. Ninguém saiu prejudicado, mas ainda assim o piloto levou dois pontos. Isso me parece exagerado”.

Até os instintos estão sendo penalizados

O jovem britânico também mencionou a própria experiência negativa com a regra. No GP da Inglaterra, ele recebeu quatro pontos de punição e 10 posições no grid devido a uma infração sob bandeira vermelha. Para ele, o rigor atual tem minado a essência da competição.

“O que vale ponto hoje se acumula muito rapidamente”, explicou. “Nós queremos disputar posição, lutar roda a roda. É isso que os fãs esperam ver. Claro que, se uma manobra for injusta, precisa ser punida – mas com bom senso”.

Ainda segundo Bearman, as decisões que antes eram instintivas agora estão sendo travadas por receio de punições. Ou seja, o piloto precisa pensar em regulamentos em momentos de pura reação, o que vai contra a natureza da disputa.

“Às vezes, no meio da batalha, você lembra de um trecho do regulamento e desiste da ação. Isso é antinatural. No calor do momento, não dá tempo de lembrar de um documento da FIA com cinco páginas”.

FIA precisa encontrar equilíbrio

Apesar de todas as críticas, Bearman reconheceu que a FIA tem boas intenções. Segundo ele, é fundamental buscar julgamentos mais consistentes entre os comissários. No entanto, ele ressaltou que certas situações exigem interpretação mais flexível.

“Entendo o lado da FIA. A consistência nas decisões é importante, sim. Contudo, nem sempre é fácil aplicar as regras com precisão absoluta em momentos tão intensos da corrida”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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