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sábado, 31 de março de 2012 às 16:33
Felipe Massa na Malásia 2012
Felipe Massa na Malásia 2012

Conteúdo patrocinado por: selopatrocinio

Todo mundo sabe que esse negócio de estar “sob pressão” no mundo da F1 é algo mais que natural. A categoria recebe pretendentes de pelo menos duas categorias de acesso direto e só aí são pelo menos cinquenta jovens atletas. Sem contar os que podem pular direto das categorias adjacentes, principalmente se tiverem o tal do budget.

E ainda temos os pilotos de teste e os participantes de programas de formação das próprias equipes da F1. É muito piloto e cada um deles orientado por managers que ganham boa porcentagem pra arrumar uma vaguinha. Ou seja, além do que eles são capazes de fazer na pista tem alguém cutucando as equipes pra fazer alarde.

Esse ambiente não é de forma alguma novo para Felipe Massa. Como ouvimos do próprio Stefano Domenicali esta semana, na temporada de 2008 todo mundo pedia a cabeça ou a vaga de Massa para alguém mais efetivo.

Apesar das pressões externas a Ferrari resolveu trabalhar e não atender ás emoções afloradas dos  tifosi na arquibancada e nas redações, uma mostra de maturidade da equipe e um mea culpa também.  Felipe Massa está nestes dias em Maranello trabalhando pra manter a vaga e pra ajudar os engenheiros a melhorar o desempenho dele num carro com problemas aerodinâmicos fundamentais. O trabalho deles passa por inputs dos dois pilotos e pela compreensão de todos sobre o que se passa quando o carro esta na pista. Não é apenas Massa que esta trabalhando e sim toda a equipe.

Um carro de F1 se integra com seu piloto pra ter o melhor desempenho. Eles se entenderem é fundamental. Talvez a pressão desse momento esteja maior que naqueles dias de 2008 porque a Ferrari então não tinha Fernando Alonso conseguindo com sorte e a competência de melhor do mundo, resultados que fogem a compreensão tanto de Massa quanto dos próprios projetistas do carro.

Essa lição de casa que estão fazendo é pra entender o carro, repassando os números de telemetria, volta a volta, cada frenagem e acelerada, cada erro de piloto ou falha eletrônica. Um trabalho que, sinceramente, eu gostaria de acompanhar pra aprender também.   

A oportunidade que a Ferrai está dando a Felipe Massa é de uma pós graduação na alma do carro e da própria categoria. Resta saber se todo esse entendimento vai permitir ao piloto brasileiro realizar seu verdadeiro potencial. Até agora ele esta perdido esta nas entranhas de um carro ruim.

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AS – www.autoracing.com.br

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