Audiência global da Formula 1 vem caindo, segundo relato

Fórmula 1

A audiência televisiva da Fórmula 1 em mercados importantes está caindo em 2014.

Escrevendo no diário esportivo espanhol Marca, o correspondente Miguel Sanz disse que os números mais preocupantes vêm da América Latina, onde a queda de audiência tem sido de incríveis 50 por cento.

“Na Itália, dependendo do sucesso da Ferrari, a queda é de 20 por cento baseada nos dados das cinco primeiras corridas de 2014”.

Uma análise mais detalhada da Itália é ainda mais preocupante. Considerando apenas o GP do Canadá, as perdas combinadas das emissoras Rai e Sky em um único ano foi de quase 3.5 milhões de telespectadores.

“A Espanha, sempre com um olho em Fernando Alonso, tem um declínio de 15 por cento”, afirmou Sanz.

A análise disse que a queda dos números começou com o domínio total de Sebastian Vettel há alguns anos, quando a audiência global caiu de 515 milhões em 2011 para 500 milhões em 2012.

E a FOM, companhia de Bernie Ecclestone, revelou uma queda adicional de 50 milhões de telespectadores no ano passado, que terminou com uma sequência de nove vitórias consecutivas do piloto da Red Bull.

Segundo Sanz, mercados importantes como China e França não ajudaram a situação, já que a cobertura da emissora estatal chinesa CCTV foi cancelada e a França passou para a TV paga.

De acordo com o relato, o declínio na Alemanha foi de 10 por cento no ano passado, mas caiu mais 3 por cento em 2014, apesar da proeminência não só da Mercedes, como também do líder do campeonato Nico Rosberg.

Se você perguntar a Flavio Briatore, ex-chefe de equipe na Fórmula 1, o grande problema em 2014 é o regulamento. “O que temos agora não é a Fórmula 1. A Fórmula 1 é outra coisa”, declarou ele à Radio24 da Itália após o GP do Canadá.

“A audiência claramente está gostando bem menos, porque os carros não fazem muito barulho. Há pilotos que economizam combustível, que fazem apenas ultrapassagens ‘falsas’ quando sua asa está aberta e que ficam fazendo contas no carro ao invés de serem gladiadores”, acusou Briatore.

Ecclestone, chefe executivo da Fórmula 1, também vem criticando bastante a nova era da categoria, particularmente os motores V6. Contudo, ele não está tão preocupado com os números de audiência.

“Eu estava conversando com pessoas da emissora RTL da Alemanha”, disse Ecclestone à Forbes no mês passado. “Eles disseram que é surpreendente que, em tudo o que fazem, os números de audiência estão em queda agora”.

“Por quê? Porque as pessoas têm um tempo limitado. Elas estão usando o Facebook, Twitter… Há muitas coisas que as pessoas podem assistir. Você vê os números de audiência caindo, mas no fim todos voltarão a assistir televisão”, acrescentou Ecclestone.