Audi “não terá a melhor UP” em 2026, diz Mattia Binotto

Mattia Binotto

Mattia Binotto, chefe do projeto da Audi, afirmou que a equipe “não terá a melhor unidade de potência” quando finalmente entrar na Fórmula 1 em 2026.

A chegada da Audi à F1 foi anunciada no GP da Bélgica de 2022, com a empresa de Ingolstadt comprando as instalações da Sauber em Hinwil como ponto de partida.

A equipe foi convencida a se juntar à F1 depois que o regulamento dos motores foi ajustado para dar maior ênfase à energia elétrica, com 50% da potência fornecida pelas baterias na próxima temporada, embora haja discussões em andamento para reduzir esse número e evitar que os carros fiquem sem potência em retas longas.

Binotto, CEO e COO da Sauber Motorsport, foi chefe de motores na Ferrari durante o auge da era Michael Schumacher, mas o italiano insiste que a Audi não terá imediatamente a melhor UP.

“Construir UPs, eu sei disso muito bem porque fui engenheiro de motores, é muito mais complexo e complicado do que alguém poderia imaginar assistindo a corridas como espectador”, declarou ele à Autosport.

“Porém, agora estamos entrando em algo extremamente avançado que nunca foi feito. Portanto, encontraremos um nível de dificuldade maior, mesmo que o ponto de partida seja sempre um motor. Teremos de mudar a cultura do motor e não será fácil”.

“Estamos focados em nós mesmos, sabemos que 2026 não será o ano em que estaremos no topo. Não teremos a melhor UP, mas o caminho que foi tomado é o certo, estou confiante”.

“Em 2014, quando um híbrido mais importante foi introduzido nas UPs, foi um campeonato de motores no início porque a Mercedes fez a diferença. É uma situação que pode se repetir, e aqueles que precisarem se recuperar tentarão fazê-lo”.