Atualizações da Mercedes começarão pela suspensão dianteira

Mercedes W14

Toto Wolff revelou a extensão da atualização inicial da Mercedes que aparecerá no W14 a partir do GP da Emilia Romagna no final deste mês.

Depois de sugerir no início da temporada que o conceito atual do carro poderia ser descartado, a Mercedes descobriu uma direção de desenvolvimento e está confiante de que a aproximará da Red Bull ao longo do tempo.

Mesmo que essas atualizações estejam em andamento há semanas, fica bem claro que James Allison considera que o W14 ainda tem muito a melhorar, ao invés de simplesmente trocar de conceito.

“Sim, o alvo é Imola”, confirmou Wolff, quando perguntado pelo Speedcafe se esse ainda era o plano.

“Só precisamos administrar a expectativa de todos, porque estamos falando muito sobre essa atualização, não vamos colocá-la na pista e imediatamente bater a Red Bull, mas acho que será uma boa linha de base.”

Wolff admite abertamente que, na era do limite de custo, a equipe está “mais presa do que antes” em relação ao que gostaria de desenvolver.

“Se fôssemos totalmente livres, traríamos um chassi diferente”, disse Wolff. “E então o que temos que decidir com muito cuidado é o que queremos atualizar.”

Em seguida, destacando o que estará no carro em Imola, ele acrescentou: “Portanto, estamos trazendo uma nova suspensão dianteira e, em seguida, a atualização aerodinâmica que vem com ela e o assoalho.”

“Se fôssemos livres, provavelmente traríamos o dobro de atualizações, mas os outros também.”

“Como é um jogo relativo, você só precisa ser inteligente para tomar as decisões certas que trazem o máximo de desempenho.”

Mercedes precisa “acertar a plataforma”

O ritmo da Red Bull durante o GP do Azerbaijão no domingo foi totalmente revelado quando Max Verstappen pressionou Sergio Perez para uma vitória que acabou ficando com o piloto mexicano.

Apesar de ainda ser um circuito anômalo em alguns aspectos, ficou claro que o ritmo do RB19 está “meio segundo por volta” à frente de seu rival mais próximo, segundo Wolff, que em Baku foi Charles Leclerc, da Ferrari.

W14 muito traseiro

Apesar do abismo, Wolff está confiante de que ele pode ser fechado ao longo da temporada e que a Mercedes voltará a vencer em algum momento, como fez no ano passado na penúltima corrida em São Paulo.

Ele disse: “Se acertarmos a plataforma, trata-se menos de adicionar 10 pontos de downforce e mais de dar aos pilotos um carro que, quando eles virarem o volante na curva, saibam que a traseira não os ultrapassará. Esse é o problema.

“Então podemos recuperar o atraso, como fizemos no ano passado.”