Aston Martin tem novo pacote crucial estreando em Ímola

Andy Cowell

A Aston Martin começou tão mal este ano, que em alguns circuitos o carro sequer conseguiu entregar tempos de classificação melhores do que em 2023 – o que diz muito sobre seus problemas de desenvolvimento.

As atualizações deste fim de semana, portanto, são essenciais para as perspectivas da equipe nesta temporada.

Não há desculpas para a Aston Martin

Praticamente todas as equipes, da Red Bull à Sauber, enfrentaram obstáculos inesperados sob esses regulamentos.

Mais do que em anos anteriores, o desempenho dos carros de F1 atuais costuma ser inconsistente com os do simulador e do túnel de vento.

Isso cria incerteza e, frequentemente falhas com as atualizações que as equipes trazem para a pista.

Ainda assim, a Aston Martin tem lutado mais do que qualquer outra equipe para obter mais desempenho.

Nas últimas duas temporadas, a equipe Verde passou de pódios regulares para o final do pelotão.

Isso não anula automaticamente o investimento em trazer Adrian Newey e o potencial da fábrica de Silverstone – que podem render frutos em 2026.

De qualquer forma, o progresso da Aston Martin em relação ao regulamento que entra em vigor em 2026, não torna seu declínio mais fácil de aceitar.

Além disso, as próximas atualizações para o AMR25 não estão separadas do que a Aston Martin está desenvolvendo para 2026.

Após muitos anos de construção, o novo túnel de vento e simulador em Silverstone já está em operação.

Isso significa que, pela primeira vez, a equipe instalará componentes projetados em suas novas instalações e usados na pista.

Calibrar um novo túnel de vento e garantir uma correlação precisa é de suma importância para qualquer equipe.

No contexto da Aston Martin, é ainda mais essencial que seu próximo pacote tenha o desempenho esperado – se eles quiserem ter alguma confiança em seu desenvolvimento para 2026.

Ao contrário de pacotes anteriores que falharam, as melhorias deste fim de semana terão implicações de longo prazo.

Cowell analisa o pacote de Ímola da Aston Martin

Andy Cowell não é nenhum estranho ao sucesso, tendo passado anos supervisionando o desenvolvimento de motores na Mercedes durante seus anos como campeões.

Ele sabe e tem a experiência sobre o que é necessário para ter sucesso no mais alto nível do automobilismo.

Foi Cowell quem, após se tornar CEO em setembro passado, decidiu que seus serviços também eram necessários na função de chefe de equipe.

Ele insistiu em inúmeras ocasiões que a Aston Martin não abandonaria o carro deste ano.

Com a aproximação do GP de Ímola, agora é a oportunidade de validar essas alegações:

“Estamos trazendo um novo assoalho e carroceria superior”, explica Cowell.

“Com o regulamento aerodinâmico atual, o assoalho é o que mais contribui para o downforce geral do carro.”

“E a carroceria superior ajuda a fornecer um fluxo de ar de boa qualidade para as áreas chave do assoalho. Portanto, os dois trabalham juntos.”

O que esperamos do pacote é uma melhoria na carga aerodinâmica e na consistência dessa carga no carro.

Vamos usar um carro com a nova especificação e o outro com a especificação existente no(s) treino(s) livre(s) e fazer uma avaliação entre os carros.

É benéfico usar dois carros com especificações diferentes para que possamos ter uma comparação direta com condições de pista idênticas.

Estou interessado em ver qual será o feedback dos pilotos e da engenharia.

Tudo isso contribuirá para a correlação entre o que vemos na pista, o que medimos em nosso túnel de vento e o que vemos no mundo do CFD.