Aston Martin brilha e coloca dois carros no Q3 na Hungria

sábado, 2 de agosto de 2025 às 14:44

Fernando Alonso

Após uma temporada marcada por dificuldades, a Aston Martin finalmente teve um sábado digno de comemoração. Pela primeira vez desde Imola, Fernando Alonso e Lance Stroll avançaram ao Q3. Mais do que isso, garantiram o quinto e o sexto lugares no grid do GP da Hungria.

Até então, Alonso havia alcançado o Q3 apenas quatro vezes em 2025. Já Stroll, somente uma. Em Spa, ambos foram eliminados no Q1 e o canadense alinhou em 16º porque quatro pilotos à sua frente – incluindo Alonso – trocaram o acerto no parque fechado e largaram dos boxes.

Contudo, apenas uma semana depois, a virada foi notável. Ambos os carros passaram com tranquilidade à fase final da classificação. Para completar, ficaram a pouco mais de um décimo da pole conquistada por Charles Leclerc, da Ferrari.

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Teorias surgem, mas Alonso esclarece os fatos

Diante de uma melhora tão abrupta, surgiram diversas teorias nas redes sociais. Uma das mais espalhadas sugeria que Adrian Newey teria dado conselhos à Aston Martin. No entanto, Alonso foi direto ao rechaçar essa hipótese.

“É a característica do circuito, para ser honesto”, disse Alonso. “Não mudamos praticamente nada no carro desde Spa. Nenhuma equipe trouxe peças novas para esta etapa”.

De acordo com o espanhol, o traçado de Hungaroring favorece as características do AMR25. Isso explicaria a boa performance. Mais importante ainda, Alonso destacou que entender o motivo por trás desse acerto pode ser vital para repetir o feito em futuras corridas.

Ajustes aerodinâmicos já estavam sendo testados

Vale lembrar que, em Spa, a Aston Martin testou uma nova asa dianteira no carro de Alonso durante os treinos livres.

A ideia era utilizá-la em pistas que exigem média ou alta pressão aerodinâmica. Como explicou o CEO Andy Cowell na ocasião, a intenção era melhorar o fluxo de ar para a parte inferior do carro, além de otimizar o difusor e o elemento inferior da asa traseira.

Desde o início do ano, o AMR25 vem apresentando deficiências claras. Ele é lento nas retas e enfrenta dificuldades para aquecer os pneus traseiros.

Mesmo com uma dianteira que tende a escapar, o carro sofre com instabilidade. Por isso, as atualizações – incluindo o novo assoalho estreado em Imola e ajustado em Silverstone – focaram justamente em minimizar essas falhas estruturais.

Hungaroring camufla falhas do carro, mas desafios persistem

Diferente de Spa, onde as retas longas punem carros ineficientes, o circuito da Hungria favorece máquinas com boa tração e equilíbrio em curvas lentas. Por esse motivo, o traçado ajudou a mascarar algumas fragilidades do AMR25. Mesmo assim, Alonso adotou um tom cauteloso.

“A corrida vai ser difícil, para ser honesto”, admitiu. “Se conseguirmos terminar nas posições em que largamos, será excelente. Quinto e sexto seriam pontos preciosos antes da pausa de verão”.

Além disso, o espanhol mencionou a ameaça de rivais rápidos partindo de trás. Max Verstappen larga em oitavo, enquanto Lewis Hamilton parte do 12º lugar. Diante disso, manter posições exigirá ritmo consistente e estratégia precisa.

Outro ponto importante: Alonso já havia alertado anteriormente sobre o desequilíbrio da Aston Martin entre classificação e ritmo de corrida.

Na Espanha, ele defendeu uma mudança de foco para melhorar o desempenho aos domingos. Logo, apesar da boa classificação, a equipe ainda tem questões cruciais a resolver.

 

LS - www.autoracing.com.br

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