Arrivabene: Cedo demais para julgar Vasseur

Frederic Vasseur

É cedo demais para avaliar a performance de Frederic Vasseur como chefe da equipe Ferrari.

Essa é a opinião de Maurizio Arrivabene, que ficou quatro anos no cargo até ser substituído por Mattia Binotto – também demitido no ano passado.

O sucessor de Binotto é Vasseur, e até agora a Scuderia continua enfrentando dificuldades para retornar ao topo da Fórmula 1.

“Eu conheço Vasseur há algum tempo”, declarou Arrivabene à Sky Italia. “Ele fez ótimas coisas na Alfa e descobriu um campeão como (Charles) Leclerc”.

“Mas quando você está em Maranello, não é fácil. É uma organização diferente com muitas pessoas para gerenciar. A marca é bela e também pesada. Existe bastante pressão”.

“Você precisa de tempo para se adaptar e compreender os mecanismos, além de entender o que a Ferrari representa para a Itália. Então, ele fez o certo ao não entrar fazendo barulho. Primeiro, você tem de conhecer o pessoal”.

Os pilotos da Ferrari chegaram apenas em nono e 10º no GP da Inglaterra, e Arrivabene concorda que “como um fã da Ferrari, eu não estou satisfeito com o resultado”.

“Entretanto, é claro que a equipe deve ser apoiada, acima de tudo em momentos difíceis. Quando você vence, é fácil entrar na onda. A função do chefe de equipe é motivar o pessoal a sempre dar o seu melhor”.

Finalmente, Arrivabene disse que ainda não está claro se o teto orçamentário, implementado pela primeira vez em 2021, vem tendo o efeito desejado.

“Houve discussões sem fim sobre o teto orçamentário, até mesmo na minha época, para proteger as equipes menores. É bom criar processos para maximizar todo aquele desperdício”.

“Porém, se o objetivo era diminuir a diferença entre o primeiro e o último, isso não foi alcançado. Os mesmos de sempre ainda continuam na frente”.