Andretti detona Wolff: “Nós merecemos mais respeito”

Mario Andretti

Mario Andretti, lenda da Fórmula 1, criticou Toto Wolff por minimizar a contribuição que uma equipe Andretti poderia dar à categoria.

O filho de Mario, Michael – que correu pela McLaren em 1993 e agora comanda um império automobilístico estabelecido nos Estados Unidos – está tentando convencer a Liberty, a FIA e as equipes existentes a aprovar sua entrada na F1.

Entretanto, o chefe da Mercedes não escondeu sua oposição, insistindo que uma 11ª equipe simplesmente significa “uma diluição de 10% para todas as outras”.

De acordo com o campeão mundial de 1978, que conversou diretamente com Wolff sobre o assunto no GP de Miami, o austríaco está sendo grosseiramente arrogante.

“Toto Wolff falou muito abertamente sobre nossa credibilidade”, declarou Andretti à Auto Motor und Sport. “Contudo, ele fala comigo de uma maneira diferente”.

“Eu considero as críticas públicas bastante desrespeitosas porque nós estamos ativos no automobilismo há muito mais tempo do que ele. Eu respeito seu sucesso até agora, mas ele não tem nenhuma razão para nos menosprezar”.

Ele respondeu particularmente a sugestão de Wolff de que o grupo Andretti ainda não conseguiu provar sua seriedade em busca do sucesso na F1.

“A FIA é muito aberta conosco e nós cumprimos todas as exigências. Agora, estamos aguardando eles nos dizerem quanto temos de pagar para as equipes nos deixarem entrar”.

“Nós sabemos que está na faixa de $200 milhões. Talvez eles queiram mais, mas nós ainda estamos aguardando o retorno. Para mim, é um pouco excessivo. Seria diferente com Bernie (Ecclestone). A Liberty dá poder demais às equipes”.

De qualquer maneira, a preparação da Andretti continua nos bastidores, incluindo planos de trânsito entre as sedes nos Estados Unidos e Inglaterra, um acordo de motor com a Renault e Colton Herta como o piloto norte-americano.

“Eles sempre nos perguntam como queremos ser competitivos”, acrescentou Andretti, criticando aqueles que questionam se o grupo merece uma vaga na F1.

“Eu digo ‘deixe que isso seja um problema nosso!’ Vocês não conhecem nossa preparação. Nós não precisamos contratar pessoas novas – temos gente absolutamente experiente que possui o conhecimento necessário”.

“No lado financeiro, temos parceiros de confiança cientes do tamanho do projeto. Nós estamos planejando nosso programa há muito tempo porque é tudo o que queremos. Nós merecemos mais respeito”.