Alta degradação dos pneus se transforma em desafio para fornecedoras de motores da F1

sexta-feira, 24 de maio de 2013 às 13:52

Remi Taffin

Os pilotos da F1 não são os únicos que estão tendo que se adaptar aos pneus de alta degradação, porque até mesmo as fornecedoras de motores estão tendo trabalho com as mudanças. O impacto dos compostos mais agressivos da Pirelli foi muito forte, com o papel dos compostos nas corridas ainda sendo o assunto mais comentado na categoria. O objetivo de economizar pneus ultrapassou os limites do simples acerto mais conservador ou pilotagem mais suave, com equipes chegando a modificar o rendimento e o mapeamento dos motores para que os pneus durem mais. Remi Taffin, engenheiro chefe dos motores Renault, revelou que a empresa francesa teve que dobrar suas horas de trabalho para assegurar que seus motores não acelerem o desgaste dos compostos.

“Eu acho que esta mudança nos pneus está nos fazendo trabalhar duas a três vezes mais, em comparação aos últimos anos,” explicou Taffin. “Agora estamos tentando adaptar o motor para cada curva de um circuito, para cada volta de uma corrida. Você acaba tendo que desenvolver vários mapeamentos para agradar os diferentes estilos de pilotagem dos pilotos. Se, no ano passado, passamos em torno de 25% do nosso tempo nisso, este ano passamos dos 50%,” continuou.

O atual congelamento dos motores da F1, aliado com uma estabilidade no regulamento, significa que fornecedores como a Renault estão tendo que olhar ainda mais fundo no motor, como no mapeamento, para tentar ganhar alguma vantagem, especialmente quando isso pode influenciar no comportamento dos pneus.

“Quando você mexe em uma coisa, você se pergunta se vai acabar perdendo outra. Toda modificação é crítica. O piloto sente isso, e uma pequena mudança pode significar uma ou duas voltas a mais com o mesmo jogo de pneus,” completou Taffin.

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