Alpine admite que motor Renault ainda é um ponto fraco

segunda-feira, 21 de julho de 2025 às 9:44

Alpine

David Sanchez, diretor técnico da Alpine, confirmou que o motor Renault continua sendo um peso para a equipe em sua última temporada como fornecedora oficial na Fórmula 1.

De fato, “em eficiência híbrida e potência máxima de combustão, estamos atrás dos rivais diretos”, afirmou Sanchez em entrevista à Auto Motor und Sport.

Atualmente, a Alpine ocupa a última colocação no mundial de construtores, com apenas 19 pontos. Enquanto isso, Renault deixará de fornecer motores após 2025.

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Essa mudança acompanha uma grave crise financeira na montadora, que foi agravada pela saída repentina do CEO Luca de Meo. Além disso, Flavio Briatore já garantiu um acordo com a Mercedes para o fornecimento de unidades de potência a partir de 2026.

Impactos do motor Renault na performance

Sanchez explicou como o motor menos potente impacta diretamente a estratégia da equipe. Por exemplo, “em alguns circuitos, precisamos usar menos downforce, o que consequentemente aumenta o desgaste dos pneus. Essa situação foi especialmente crítica na Áustria”.

Além disso, a Alpine apostou em apenas uma atualização importante do carro para 2025, lançada em Barcelona.

“Antes da temporada, decidimos trazer apenas um grande upgrade para Barcelona. Embora ainda tenhamos pequenas melhorias em andamento, o foco principal é extrair o máximo do pacote atual e entregar performance constante”, comentou ele.

Pierre Gasly e o desafio de manter a motivação

Por sua vez, Pierre Gasly destacou o desgaste mental causado pela falta de resultados consistentes.

Ele afirmou que “é frustrante às vezes, mas a equipe está dando o melhor. Tento liderar pelo exemplo. Claro que não é legal nem saber se vamos marcar pontos até o fim do ano. Não é divertido”.

No entanto, Gasly defende a estratégia de desenvolvimento adotada pela equipe.

“Foi uma decisão ousada e estamos pagando o preço agora. Apoiei essa escolha e espero que dê frutos no próximo ano. Pelas informações da fábrica, vejo coisas boas para 2026”.

Otimismo para 2026 com a Mercedes

Sanchez reforçou o otimismo sobre o futuro. “A curva de aprendizado com o carro do próximo ano é intensa, então estamos satisfeitos com a direção tomada. A parceria com a Mercedes vai muito bem, portanto temos tudo para desenvolver um bom carro”.

Além disso, o progresso mais evidente está na aerodinâmica. “Provavelmente, avançamos mais nessa área. É minha especialidade, onde me sinto confortável”.

Por fim, com as grandes mudanças regulatórias de 2026, Sanchez destaca que o carro será bem diferente, mas ainda mantém a essência da F1.

“Downforce e equilíbrio continuam essenciais. A complexidade aumentará devido ao casamento com o sistema de gestão de energia. A interação entre eficiência aerodinâmica, o modo de retas longas e a gestão energética cria um desafio complexo”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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