Alonso também questiona o sucesso dos novos carros

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022 às 9:29

Fernando Alonso

Depois de Sebastian Vettel, Fernando Alonso também questionou o sucesso do novo regulamento técnico da Fórmula 1.

O recém-aposentado tetracampeão mundial disse: “Eu não quero dizer que fracassou, mas certamente muito esforço foi investido e nem tudo deu resultado, vamos colocar assim”.

Alonso, que saiu da Alpine para substituir Vettel na Aston Martin, agora expressou uma opinião similar ao ser questionado sobre os carros de 2022.

“As novas regras foram uma das razões pelas quais eu retornei”, declarou o bicampeão mundial à Auto Motor und Sport.

“E sim, foi um pouco decepcionante para todos perceber que as coisas não mudaram dramaticamente. Há no máximo duas equipes que podem vencer, como tem sido o caso nos últimos anos”.

“A diferença entre as duas ou três equipes de ponta e o pelotão intermediário ainda é grande demais. Em 50% das corridas, nós ficamos uma volta atrás do vencedor. Portanto, ainda não alcançamos o resultado que a F1 pretendia com as regras”.

Alonso também duvida que o teto orçamentário “terá um grande impacto” nas próximas temporadas, mas está mais esperançoso em relação à natureza das novas regras técnicas em geral.

“Elas são bastante restritivas”, comentou ele. “Não sobrou muito espaço para inventar. As equipes de ponta estão bem perto do limite e as outras irão alcançá-las”.

Vários pilotos reclamaram que os carros de 2022 não são tão divertidos de guiar quanto seus antecessores com outro conceito aerodinâmico.

“Os carros são muito lentos nas curvas de baixa”, explicou Alonso. “Por causa do grande peso, sempre parece que você tem 100 litros de combustível a bordo”.

“Eles ganham vida nas curvas de alta – e quanto maior a velocidade, maior a aderência. Era o caso antes até certo ponto, mas o efeito de sucção é bem maior com estes carros”.

Quanto à sua transferência da Alpine para a Aston Martin, Alonso admite que está novamente começando do “zero” com um novo projeto e acha que sua saída vai prejudicar a equipe de propriedade da Renault.

“Não é segredo que eu tive problemas com a resposta da direção no ano passado. Agora ela está perfeita e foi elogiada por todo piloto que guiou o carro da Alpine desde então. Essa é a vantagem de contratar Alonso e a desvantagem de perdê-lo”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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