Alonso é punido após acidente de Russell

domingo, 24 de março de 2024 às 8:53

George Russell

Fernando Alonso foi penalizado por “pilotagem potencialmente perigosa” após o acidente de George Russell no final do GP da Austrália.

O piloto da Aston Martin foi acusado de fazer um brake-test com Russell quando ele se aproximou na penúltima volta da corrida em Melbourne.

Os dados do carro de Alonso após a corrida pareciam indicar uma velocidade de entrada na curva muito mais lenta em comparação com a volta anterior, com o espanhol reclamando de um problema no motor após a conclusão da prova.

Os comissários decidiram impor um drive-through pós-corrida, convertido em 20 segundos adicionados ao tempo de corrida depois de considerar Alonso culpado de pilotagem potencialmente perigosa.

O veredicto o deixou em oitavo, promovendo seu companheiro de equipe Lance Stroll para sexto e Yuki Tsunoda, da RB, para sétimo.

Um relatório completo dos comissários sobre o incidente afirmou: “O carro 63 bateu na saída da curva 6 na volta 57. Os comissários revisaram extensivamente a situação que ocorreu antes do acidente”.

“O carro 63 estava seguindo o carro 14, aproximadamente meio segundo atrás, quando eles se aproximaram da curva 6. Alonso explicou aos comissários que pretendia abordar a curva 6 de maneira diferente, tirando o pé mais cedo e entrando com menos velocidade para obter uma saída melhor”.

“Russell explicou aos comissários que, do seu ponto de vista, a manobra de Alonso foi errática, pegou-o de surpresa e fez com que ele se aproximasse de forma anormalmente rápida, e com o menor downforce resultante na tangência da curva, ele perdeu o controle e bateu na saída. Não houve contato entre os carros”.

“A telemetria mostra que Alonso tirou o pé um pouco mais de 100m antes do que sempre vinha fazendo naquela curva durante a corrida”.

“Ele também freou levemente em um ponto no qual normalmente não freava (embora a freada tenha sido tão leve que não foi a principal razão para a desaceleração de seu carro) e reduziu a marcha em um ponto que normalmente nunca reduzia”.

“Ele então subiu de marcha novamente e acelerou até a curva antes de tirar o pé mais uma vez para contorná-la. Alonso explicou que, embora seu plano fosse desacelerar mais cedo, ele errou um pouco e teve de tomar medidas extras para recuperar velocidade”.

“Entretanto, essa manobra criou uma velocidade de aproximação considerável e incomum entre os carros”.

“Considerando o assunto, os comissários concentraram-se apenas no texto do regulamento que afirma: ‘Em nenhum momento um carro pode ser pilotado desnecessariamente devagar, de forma irregular ou de uma maneira que possa ser considerado potencialmente perigosa para outros pilotos ou qualquer outra pessoa’ (Artigo 33.4)”.

“Especificamente nesse caso, os comissários não consideraram as consequências do acidente. Além disso, os comissários avaliaram que não têm informações suficientes para determinar se a manobra de Alonso tinha a intenção de causar problemas a Russell ou se, como ele declarou, simplesmente estava tentando sair melhor da curva”.

“Alonso deveria ter o direito de tentar uma abordagem diferente para a curva? Sim. Alonso deveria ser responsabilizado pelo ar sujo que causou o incidente? Não”.

“Contudo, ele decidiu fazer algo fora do normal, ou seja, tirar o pé, frear, reduzir marcha e todos os outros elementos da manobra 100m mais cedo do que antes, e muito mais do que o necessário para simplesmente desacelerar mais cedo para a curva?”

“Sim, pelo seu próprio relato do incidente, e na opinião dos comissários, ao fazer essas coisas ele pilotou de uma maneira que no mínimo ‘potencialmente perigosa’, levando em conta a natureza de alta velocidade daquele ponto da pista”.

“Nesta temporada, as diretrizes de punição da Fórmula 1, inclusive para essa violação, foram redefinidas e aumentadas para uma base de 10s. Além disso, quando houver alguma circunstância agravante, consideramos um drive-through”.

“Nesse caso, consideramos que Alonso afirmativamente optando por realizar uma manobra incomum naquele momento é uma circunstância agravante, ao contrário de um simples erro”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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